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Cuidado: 40% dos tutores do Brasil já perderam um pet por rojões com estampido nas festas de fim de ano

Pesquisa evidencia fogos de artifício como uma preocupação para o bem-estar dos animais. Mais de 60% sugere fogos silenciosos ou proibição

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 dez 2024, 13h20 - Publicado em 18 dez 2024, 13h06

Com as festas de fim de ano, vem a vontade de celebrar, de comemorar novos ciclos, de renovar a energia para o próximo ano. Mas também trazem preocupações, especialmente entre os tutores de animais domésticos que sofrem com os fogos de artifício com estampido. Embora seja um espetáculo tradicional de Ano Novo, causa muitos malefícios em pets como cães e gatos, que podem levar a reações inesperadas, causando fugas e acidentes.

É o que mostra uma pesquisa da Petlove, em parceria com o Instituto Caramelo, realizada entre os meses de novembro e dezembro, com mais de 3 mil pessoas no Brasil – 39% dos entrevistados tiveram animais que se perderam ou conhecem alguém cujos pets se perderam pelo pânico causado pelo estampido dos fogos de artifício.

O levantamento também evidencia que os rojões são uma preocupação para a maioria dos tutores, já que 82% afirmaram que seus animais se assustam com o barulho, sendo as reações mais comuns se esconder (71%) ou ficar desorientado (60%).

“É muito comum vermos animais tremendo de medo, escondendo-se embaixo de móveis ou latindo sem parar. Alguns podem até tentar fugir, colocando-se em situações perigosas, como pular janelas ou correr para a rua, o que pode ocasionar acidentes, até fatais”, alerta o médico-veterinário, Pedro Risolia.

Muitos também adoecem, de acordo com o especialista. “Entre outras complicações, o estresse pode desencadear reações físicas, como taquicardia, respiração ofegante, vômitos ou diarreia”, explica.

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Instinto de proteção

Outras reações dos animais incluem buscar o colo do tutor (43%), chorar (41%); pedir carinho insistentemente (38%); se lamber compulsivamente (27%) e ronronar (25%). O veterinário diz que que os pets podem apresentar esses sinais pela sensibilidade auditiva, muito maior que a dos humanos. “Devido ao som alto e inesperado, os pets podem perceber os fogos de artifício como uma ameaça, principalmente os gatos, que possuem um instinto de proteção muito aguçado”, pontua.

Para prevenir, Risolia ensina alguns cuidados antes das comemorações. “É essencial criar um ambiente seguro e acolhedor para o pet. Preparar um cantinho da casa onde ele possa se sentir protegido, como um quarto mais isolado ou uma caixa de transporte com cobertores”.

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Fechar as janelas e portas também ajuda a abafar o som e reduzir fugas. “Coloque uma música relaxante para mascarar os ruídos externos e oferecer distração. Deixar petiscos e brinquedos favoritos à disposição também podem auxiliar na variação de estímulos. Caso o medo seja muito intenso, é importante conversar com um veterinário de confiança para avaliar a necessidade de calmantes ou outras intervenções, sempre priorizando a segurança e o bem-estar do seu pet”, sugere o especialista.

O estudo faz parte da campanha “Chega de Fogos 2024”, que reforça a necessidade de conscientização sobre o tema, essencial para o bem-estar dos animais.

O que diz a legislação?

A pesquisa mostrou ainda que 60% dos tutores de animais acredita que a prática de soltar fogos deve ser permitida somente com rojões silenciosos ou totalmente proibida. Algumas regiões do Brasil já contam com uma legislação consciente em relação aos fogos. Em São Paulo, por exemplo, já há uma lei que proíbe a soltura dos estampidos. No Rio de Janeiro, a Câmara dos Vereadores aprovou, em outubro, um projeto de lei que determina multa para quem soltar fogos com ruído.

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