Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Prorrogamos a Black: VEJA com preço absurdo

Como Michelle Obama transformou seu modo de vestir em um poderoso canal de influência

A trajetória é narrada no livro The Look, lançado recentemente

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 nov 2025, 08h00 •
  • Na Casa Branca, de 2009 a 2017, Michelle Obama redefiniu o papel de primeira-dama dos Estados Unidos. Ela transformou a tradicional figura passiva ao liderar um movimento contra a obesidade infantil e um programa para promover o acesso de meninas adolescentes de regiões mais pobres à universidade. Carismática, foi muito mais do que a mulher de Barack Obama e mãe de duas filhas.

    Ela se expressava em conversas e discursos, é claro, mas também por meio da moda. Cada peça, cor e corte refletiam diversidade, um jeito de comentar o cotidiano e deixar claro que toda mulher pode se vestir como quiser, a depender das situações. É trajetória narrada no livro The Look, lançado recentemente. Com mais de 200 fotografias, o volume passeia pela evolução do estilo de Michelle.

    ESTILO - Em vestido de Tom Ford: na Grã-Bretanha
    ESTILO - Em vestido de Tom Ford: na Grã-Bretanha (./AFP)

    Há relatos extraordinários, como a decisão de escolher um vestido de Jason Wu, estilista iniciante, para valorizar novos nomes no mundo da moda. Há detalhes da transformação de seu estilo do primeiro para o segundo mandato de Obama. No início, ela decidiu se afastar de conversas sobre estilo e aparência, temendo que isso se tornasse uma distração. Depois, entendeu que poderia fazer de seu guarda-roupa um canal para conversas sobre poder e imagem pública. No livro, o leitor tem acesso aos bastidores desse diálogo visual e descobre como Michelle e sua equipe — a estilista Meredith Koop, o maquiador Carl Ray e os cabeleireiros Yene Damtew, Johnny Wright e Njeri Radway — pensavam cada visual: uma criação do americano radicado em Londres Tom Ford para uma visita de Estado à Grã-Bretanha; um vestido da Versace para um jantar na Itália. Apesar de tudo, ela teve de enfrentar episódios como as críticas racistas dos opositores aos vestidos sem mangas, que exibiam braços tonificados.

    ADAPTADA - Dentro de um Versace: para contentar os italianos
    ADAPTADA - Dentro de um Versace: para contentar os italianos (Pablo Monsivais/AP/Imageplus)
    Continua após a publicidade

    A mudança mais radical, contudo, ocorreu ao deixar o papel de primeira-dama. Então, aos 61 anos, declarou sentir-se “mais vibrante do que nunca” e “com mais confiança e menos preocupação com a opinião dos outros”. A fase mais livre, digamos assim, autorizou a adoção de um estilo mais casual, dando adeus aos vestidos e cardigãs e boas-vindas ao tempo de experimentações emolduradas por cabelos lindamente trançados. Em uma ocasião, vestiu botas Balenciaga de cano alto cintilantes, algo que não faria estando no poder, pois o calçado teria “dominado” a conversa.

    ÍCONE - Jackie Kennedy: modelo de discreta elegância nos anos 1960
    ÍCONE – Jackie Kennedy: modelo de discreta elegância nos anos 1960 (Bettmann Archive/Getty Images)

    O impacto de Michelle na moda é frequentemente comparado ao de Jacqueline Kennedy, mas há diferenças. No início dos anos 1960, Jackie era o exemplo de refinamento e formalidade clássica. A companheira de Obama, retrato de nosso tempo, precisava ter uma pegada que já foi definida como “pós-feminista”, ao usar shorts no Grand Canyon e blusas sem mangas no Congresso. Chamou a atenção e com firmeza disse a que veio — mas talvez não tenha conseguido, de fato, mover moinhos. Na semana passada, instada a dizer se sua passagem por Washington representou um novo tempo, a passarela aberta a ares renovados, ela foi cautelosa, em tom de decepção. Ao lembrar das derrotas recentes de Hillary Clinton e Kamala Harris, ambas vencidas nas urnas por Donald Trump, ela resumiu: “Os Estados Unidos não estão preparados para uma presidente mulher”. É verdade. Um modo de pavimentar o terreno, enquanto não chega a hora, é fazer dos figurinos um grito de liberdade.

    Publicado em VEJA de 21 de novembro de 2025, edição nº 2971

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    SUPER BLACK FRIDAY

    Digital Completo

    A notícia em tempo real na palma da sua mão!
    Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
    De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
    SUPER BLACK FRIDAY

    Revista em Casa + Digital Completo

    Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
    De: R$ 55,90/mês
    A partir de R$ 29,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.