‘Yara’: drama ensolarado como as lindas paisagens do Líbano
Filme do diretor iraquiano Abbas Fahdel sugere alguns dos conflitos e restrições típicos do Oriente Médio, mas sem frisá-los nem se demorar neles
(Líbano/França/Iraque, 2018. Já em cartaz no país) Yara (Michelle Wehbe) era tão pequena quando perdeu os pais que só se lembra deles por meio de fotografias ou das conversas com a avó (Mary Alkady), com quem mora em uma fazenda rústica nas montanhas do norte do Líbano. Numa tarde de verão, a rotina de cuidar dos animais e da horta, pendurar roupa e olhar a paisagem — lindíssima — é interrompida pela passagem de Elias (Elias Freifer), um rapaz que se perdeu nas trilhas. A simpatia é mútua: Elias brinca que quer levar Yara para a Austrália, ela rouba o boné dele. Aos poucos, os dois iniciam um namorico casto, mas com a intensidade da adolescência. Ensolarado, tranquilo e com a preguiça gostosa de um dia de verão, o filme do diretor iraquiano Abbas Fahdel sugere alguns dos conflitos e restrições típicos do Oriente Médio, mas sem frisá-los nem se demorar neles.