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Viradouro e Imperatriz largam na frente com melhores sambas de 2025

Gravação da Unidos da Tijuca tem voz de Anitta, coautora de letra

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 fev 2025, 12h00

A poucos dias do Carnaval, a coluna GENTE entra no ritmo que toma conta das ruas nesta época do ano. A avaliação dos sambas-enredo das escolas do Grupo Especial na Cidade do Samba mostra que a disputa pela melhor escola de 2025 repete a dobradinha do ano anterior: Viradouro e Imperatriz largam na frente. Como os desfiles oficiais de 2025, em março, serão pela primeira vez divididos em três noites – com quatro escolas em cada – dividimos a seguir as letras também por três blocos.

Assista ao programa especial de Carnaval com Unidos de Padre Miguel, Imperatriz, Viradouro e Mangueira, que desfilam domingo, 2

Assista ao programa especial de Carnaval com Unidos da Tijuca, Beija-Flor, Salgueiro e Vila Isabel, que desfilam na segunda-feira, 3

Assista ao programa especial de Carnaval com Mocidade Independente, Paraíso do Tuiuti, Grande Rio e Portela, que desfilam na terça-feira, 4

Na dianteira, a atual campeã Viradouro abre o álbum (já presente nas plataformas digitais) com o enredo Malunguinho, o mensageiro de três mundos, sobre a história da entidade afro-indígena espelhada no líder quilombola João Batista. Atual vice-campeã, Imperatriz aposta em Ómi Tútu ao Olúfon – Água fresca para o senhor de Ifón. Se juntam ao pelotão dianteiro, Grande Rio, com Pororocas parawaras: as águas dos meus encantos nas contas dos curimbós; e Salgueiro com Corpo fechado. A primeira tem uma melodia valente, ainda que de palavras difíceis de se cantar; a segunda traz um dos melhores refrãos do ano: “Meu terreiro é a casa da mandinga/ Quem se mete com o Salgueiro acerta as contas na curimba”.

Como se vê, religiões de matriz africana dominam as escolhas de enredo para este Carnaval. No grupo do meio, a Unidos da Tijuca vem de Logun-Edé: santo menino que velho respeita. A novidade é a voz feminina na gravação. Anitta, coautora do samba, traz uma certa doçura ao bonito samba. Após o arrasa-quarteirão do samba do caju passado, a Mocidade Independente de Padre Miguel, volta a postar no futurismo que marca sua identidade, com Voltando para o futuro não há limites para sonhar. Uma letra curiosa para um enredo aparentemente confuso. A Mangueira canta sobre os pretos novos em À flor da terra – No Rio da negritude, entre dores e paixões. Se falta melodia inspirada, mais grave é não ter um refrão que, como tão bem sabe fazer, sacuda a Sapucaí. Fechando o grupo intermediário, Beija-Flor faz homenagem a Laíla (1943-2021), figura emblemática da escola, em um samba que aposta em versos melodiosos para tentar abocanhar o campeonato.

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Na ponta de baixo da tabela, Portela homenageia Milton Nascimento em Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol. Faltou história e inventividade à letra. É pena. Milton merecia mais. Já a Unidos de Padre Miguel, de volta à elite do carnaval depois de mais de 50 anos, não faz uma reestreia entre as grandes à altura de seu passado recente do grupo de Acesso, onde emplacou belos sambas afro. Agora, canta Egbé Iyá Nassô. Sem a mesma pegada de outrora, é um samba aquém do que se esperava. Completando o ingrato grupo, Paraíso do Tuiuti, que tem um dos melhores enredos do ano, conseguiu a proeza de ter também um dos piores sambas. Quem tem medo de Xica Manincongo?, sobre a primeira travesti não indígena do Brasil, tem passagens que apostam em gírias e não contam a história da homenageada. Por fim, fugindo de temas afro, Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece, da Vila Isabel, é puro suco de Paulo Barros, sobre assombrações e folclore popular. Um samba que em nada lembra os bons momentos da escola de Noel.

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