Vídeo: O emotivo relato de Luciano Szafir sobre experiência de quase-morte
Ator falou com exclusividade à coluna; assista ao programa
Aos 54 anos, Luciano Szafir prepara livro sobre a experiência de quase-morte que teve com as complicações de Covid. Ficou internado por meses, quase foi desenganado pelos médicos, teve parada cardíaca, perdeu parte do pulmão e precisou reconstituir parte do intestino. Nada disso, entretanto, o abala. O sorriso é sua marca. Acaba de criar o Instituto Formando Leitores, para fomentar o hábito de leitura em áreas carentes do país. E em breve volta aos palcos com um monólogo sobre Moisés. Como se não bastasse tanto assunto, o ator conviveu recentemente com as discussões em torno de sua vida conjugal com Xuxa, com quem esteve junto por 14 anos, e tiveram Sasha. Em conversa com a coluna, Szafir fala sobre todos estes assuntos de forma franca. Confira a seguir.
Abaixo, trechos do bate-papo com Luciano Szafir:
EMBAIXADOR DA LEITURA. “Meus pais sempre leram muito, minha irmã também. E eu peguei esse costume. Sempre viajo com uns quatro livros diferentes. A nossa imaginação vai muito mais além. Então, a partir daí resolvi criar o Instituto Formando Leitores. O objetivo é ter uma portabilidade de acesso para todos e formar leitores. (…) Tem um livro que eu amo de paixão que é Jardim da fé (tradução do hebraico), que tem a ver com tudo que passei nos últimos dois anos. Um livro que fala sobre vida, fé, gratidão, família, uma série de itens que considero de suma importância.
EM TRATAMENTO. “Fiquei praticamente dois anos sem caminhar direito, até quatro meses atrás de cadeira de rodas, crise de pânico. Mas está cada vez menos difícil. Chamaram minha família três vezes para se despedir. Muitas vezes tive medo, tive pânico. Agora valorizo cada instante. Faço porque não sei se amanhã vou poder fazer. Hoje sou mais imediatista, vivo mais o agora. A vida é muito curta”.
QUASE MORTE. “Tiveram tantos. Mas na UTI vi minhas medições em 180 de batimentos, vi o cara com um desfibrilador. Tudo isso consciente. Senti meu braço gelar. Uma experiência de quase morte por 20 segundos. (…) Vou fazer o livro com um ghostwriter, contando a experiência que passei, aprendi e me trouxe gratidão. As pessoas que ainda não acreditam na gravidade (da Covid), que fiquem na ignorância. Quem vivenciou sabe”.
PAI E FILHOS. “É muito legal ser pai em diferentes idades. Com a Sasha, eu tinha mais vitalidade, não tinha medo de nada, era outra época. Hoje em dia, com os meninos, sou mais velho, experiente, tento maximizar o tempo com eles. Mas a paternidade é boa em qualquer momento. Para ser avô, eu estou preparado, mas a cobrança da Xu é maior que a minha. Eu tive filhos mais velho, fui ‘pai-avô’, e ela não”.
DOC DA XUXA. “Eu não vi tudo, mas grande parte vivi. Nada para mim é uma surpresa. Tudo que passou, ouvi da boca dela. Não me guio por rede social. Procurei escutar as coisas boas que falaram dela, o que é ruim não prestei atenção.
HOMEM-OBJETO. “Não, eu tenho segurança suficiente do homem que sou. Isso foi muito falado quando a Sasha nasceu. Não tinha redes sociais na época, mas falavam. Se nós não tivéssemos uma relação muito forte, que durou 14 anos, a Sasha não estaria aí. (…) Minha relação com a Xuxa é ótima, a gente se dá super bem. Como qualquer ex-casal, temos momentos mais próximos e outros menos. Ela pediu orações quando eu estava internado, nossas famílias cresceram juntos. Filhos não pedem para nascer. Rusgas ao final dos relacionamentos existem, mas tem que se resolver. Isso escutei muito dos meus pais”.
O programa Veja Gente diretamente do Casacor Rio, mostra de arquitetura e design que tem apoio da Editora Abril, é gravado no cenário desenvolvido pelo arquiteto João Amand e pela designer de interiores Sophia Abraham, com patrocínio da House Us.