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Rio ganha novo ponto turístico com sucesso de ‘Ainda Estou Aqui’

Filme com Fernanda Torres faz icônica casa na Urca se tornar alvo de visitas

Por Mafê Firpo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 jan 2025, 17h57 - Publicado em 7 jan 2025, 14h01

O sucesso de bilheteria de Ainda Estou Aqui anda refletindo para além das telas de cinema — tem impactado até o turismo no Rio de Janeiro. Fãs do filme de Walter Salles tornaram a casa na qual foram feitas as gravações em um novo ponto turístico da cidade, levando uma movimentação atípica para a até então pacata Urca, bairro bucólico da Zona Sul. Leila Bokor, 73 anos, aposentada, admite que desde que assistiu ao longa sentia vontade de visitar o imóvel, mas a vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro impulsionou a movimentação. “Vi o filme, me apaixonei, puxei até palmas no final da sessão a que assisti. E fiquei apaixonada pelo silêncio do filme, não teve violência nenhuma, mas você entende a violência naquilo tudo. E é uma curiosidade para ver a casa. Somos fãs da Fernanda e da mãe dela. Sabia que ela ia ganhar”, disse à coluna GENTE, no começo da tarde desta terça-feira, 7.

A se medir pelo sucesso do vaivém de câmeras e selfies (veja fotos abaixo) apontadas para o quintal fincado na esquina da rua José Luiz Alves com Roquete Pinto, a magia cinematográfica acontece por ali: se antes outra casa do bairro, a do Rei Roberto Carlos, merecia atenção, agora o endereço de peregrinação é outro. A família de Rubens Paiva e Eunice Paiva, com seus cinco filhos, habitou uma casa no Leblon nos anos 1970. Como a especulação imobiliária acabou com as casas na orla carioca, a produção do filme precisou optar por uma parecida à realidade justamente na Urca. 

Leia também: Com Fernanda Torres, audiência do Globo de Ouro dispara em 18 países

A movimentação em frente à residência de dois andares, de baixos muros de pedra bege e portão branco, além de janelas verdes, é tanta que não seria exagero afirmar que o bairro, já habituado aos turistas, ganhou novo cartão-postal. Agora, a residência que na ficção serviu de moradia da família Paiva rivaliza em flashes com a Mureta da Urca, a vista para a enseada de Botafogo e, claro, o bondinho do Pão de Açúcar. A dentista Luciana Diniz, 54 anos, saiu de Minas Gerais com a família para visitar a casa a pedido da caçula, Elisa Tavares de Souza. “Ela saiu do filme muito emocionada, acompanhou o Globo de Ouro. Chegamos ontem ao Rio, e ela pediu para vir. Ainda não fizemos nada na cidade, antes de fazer qualquer programa ela quis vir aqui”, contou. Também em uma viagem de família, o jornalista Márcio Maturana, 53, veio de Brasília para conhecer a Cidade Maravilhosa, mas não deixou passar em branco uma ida ao já icônico local. “A casa é histórica e agora está em evidência pelo filme, achei impressionante. Fomos ao Pão de Açúcar e viemos aqui, um programa duplo.”

O corretor do imóvel Marcelo Dias afirma que a casa está avaliada em 3 milhões de dólares, o equivalente a 18 milhões de reais. “Há uns quatro anos, veio a equipe do Walter Salles em busca de uma casa idêntica à da (avenida) Delfim Moreira, no Leblon. Entrei em contato com os proprietários e, apesar do receio, resolveram fazer a locação. A casa foi toda modificada para o filme e está sendo reformada de novo. Mas essa é a média de preço de casas como essas na região e o retorno do filme tem sido positivo”, comentou. É preciso marcar horário de visitação interna diretamente com Marcelo, que atende todo tipo de público — os que são apenas curiosos e os que, de fato, têm interesse por um teto no bairro. 

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Apesar do aumento de turistas no bairro, a movimentação não tem perturbado a vizinhança — é, inclusive, vista de maneira positiva. “A ditadura atropelou nossa juventude. Fomos todos sacrificados de uma maneira ou de outra. Essa movimentação é superpositiva, porque mostra que as pessoas estão se tocando. Só a consciência tocada transforma a realidade. Me lembro que assim que o filme saiu um casal jovem veio três vezes aqui”, afirma Niceli, 81, que mora ao lado e fica de olho na chegada de turistas. A maioria dos fãs curiosos que chega para tirar foto não tira o sossego de moradores. “As pessoas perguntam sobre onde fica a casa, principalmente desde a semana passada. Eles chegam, tiram fotos e vão embora, isso não incomoda”, comenta o segurança Rodrigo Oliveira Cruz, 45.

Após as filmagens, o ambiente de 460 metros quadrados foi todo modernizado, com piscina, churrasqueira e até um elevador. Enquanto aguarda novos moradores, a casa, agora eternizada no filme de Walter Salles, vai fazendo sucesso na expectativa geral pelo sonhado Oscar. 

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Turistas visitam casa do filme
Turistas visitam casa do filme (Mafê Firpo/VEJA)
Turistas visitam casa do filme
Turistas visitam casa do filme (Mafê Firpo/VEJA)
Casa do filme
Casa do filme “Ainda Estou Aqui” (Mafê Firpo/VEJA)
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Casa do filme “Ainda Estou Aqui” (Mafê Firpo/VEJA)
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Casa do filme “Ainda Estou Aqui” (Mafê Firpo/VEJA)
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Leila Bokor, turista (Mafê Firpo/VEJA)
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Niceli, moradora da Urca
Niceli, moradora da Urca (Mafê Firpo/VEJA)

 

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