Regininha Poltergeist: a capa da Playboy que agora vende empadas no Rio
Ex-modelo falou com a coluna GENTE sobre trajetória de altos e baixos

No auge dos anos 1980, Regininha Poltergeist, hoje com 54 anos, foi símbolo de sexualidade. Estrelou capas da Playboy, programas de televisão e até filmes eróticos. Da fama, a carioca agora se mantém distante, como vendedora de empadas no Méier, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, em um ponto próximo à casa do pai, onde cresceu e voltou a morar recentemente. Em conversa com a coluna GENTE, ela conta que não vê a mudança de forma negativa, mas sim como um novo propósito em sua vida. “Trabalhei muitos anos com sexualidade e quando me converti (ela faz parte da Igreja evangélica Bola de Neve), busquei mudar meu trabalho. Já trabalhei até com massagem. Como tenho muitos fãs, poderia cobrar um valor maior. Imagina, podia estar ainda aí e ganhar mil, cinco mil reais… Mas por causa da Igreja, busquei, ano após ano, deixar de lado certas coisas. Me redescobri vendendo empada”.
Seu sobrenome, na verdade, é um apelido artístico dado pelo inventivo Fausto Fawcett, que fazia um show chamado Básico Instinto. Regininha encarnada um “femme fatale”, que fez fez história no país. Da mesma geração de famosos como a rebolativa Gretchen, ela relata que se afastou de vez da fama quando teve o seu filho, Lucas, em 2005. “Não tinha ninguém para cuidar dele. Parei de trabalhar porque não dava para conciliar com o meio artístico. Filho tem que se dedicar”, diz, sem lamentos. Sobre o dinheiro que ganhou na época de exibição em programas de TV e capas de revista, a explicação é parecida: “Ganhei 400 mil reais para fazer filme adulto. Gastei com muita coisa, criei meu filho sozinha, dei entrada em alguns apartamentos, depois entreguei eles. Mas na palavra de Deus, quando a gente está fraco, a gente está forte”, resigna-se ela, enquanto atende os fregueses que, na maioria das vezes, não parecem reconhecer nela os áureos tempos da fama.
No anonimato e sob o sol escaldante do subúrbio carioca, vende empadas de frango, palmito, carne seca, entre outros. O preço, a partir de seis reais. Diz que consegue cerca de 200 reais por dia. É com esse dinheiro que ela tem enfrentado as dificuldades financeiras – e de saúde. Em 2022, foi despejada do apartamento onde morava no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. Em agosto passado, foi internada para tratamento psiquiátrico – passou pelo Instituto Municipal Philippe Pinel e, depois, foi transferida para o CAPS Clarice Lispector, onde foi diagnosticada com transtorno psicótico. “Não me cuido mais porque estou passando por uma fase difícil. Uma pessoa lá me internou, porque tive uma reação. Mas nem louca sou, não tenho problema psicológico”.
Entre seus próximos planos está a retomada dos estudos na faculdade de Comunicação Social. Além disso, quer continuar a empreender e comprar uma loja própria para a venda das suas suculentas empadas. Freguês não há de faltar.
