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Protesto contra Bolsonaro marca início da segunda semana do RiR em Lisboa

Integrantes da banda paulista Francisco, el Hombre chamam governo de fascista e pedem a "cabeça" do presidente nestas eleições

Por Sofia Cerqueira, de Lisboa
Atualizado em 26 jun 2022, 16h34 - Publicado em 25 jun 2022, 14h56

O segundo fim de semana do Rock in Rio Lisboa começou com um tom político. Enquanto o público ainda era pequeno no Parque da Bela Vista, na capital portuguesa, subiu ao palco da Rock Your Street neste sábado, 25, o primeiro representante da música brasileira e já causando polêmica. Desta vez, a crítica ao presidente Jair Bolsonaro (PL) não partiu do público – como tem acontecido em vários shows pelo Brasil – mas dos próprios músicos da banda paulista Francisco, el Hombre.

Assim que começou a segunda música, “Calor da Rua”, um dos vocalistas do grupo, Sebástian, iniciou o seu protesto. Ele solicitou que o público levantasse o punho fechado para o alto em “respeito a toda força antifascista brasileira”. As críticas ao presidente continuaram quando a banda tocou “Bolso Nada”. Durante a canção, que tem a participação da cantora Liniker e o refrão “esse cara escroto, muito escroto”, Bolsonaro novamente foi chamado de fascista.

O momento de maior protesto dos integrantes  de Francisco, el Hombre, no entanto, foi enquanto a banda apresentava a música “Arranca a Cabeça do Rei”, ainda não lançada oficialmente e dedicada por eles a “quem vai, a partir do dedo, do voto, arrancar a cabeça do rei”. Na música, que cita o combate entre Davi e Golias, o grupo cantou que “só tem um jeito de tudo mudar, todo mundo junto presidente derrubar”.

Embora pequeno, o público que acompanhou o show se mostrava muito engajado com o momento político brasileiro. Um grupo ostentava camisetas com imagens de Lula e da vereadora Marielle Franco, morta em 2018, e outras com dizeres anti-Bolsonaro.

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