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Por que filmes LGBTQIAPN+ costumam ser ‘nichados’ no cinema

Sacha Amaral, diretor de O prazer é meu’, destaque no Festival Internacional de Cinema New Horizons, na Polônia, fala a VEJA

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 jul 2024, 13h00

Sacha Amaral vive e trabalha na Argentina há quase duas décadas. Após criar a história original e escrever o roteiro do premiado longa Adiós Entusiasmo, escreveu e dirigiu três curtas-metragens, inclusive  Billy Boy (2021), selecionado para Cannes Film Festival, Cinéfondation, com menção especial no festival Queer Lisboa 2022. Seu mais recebnte filme, o longa O prazer é meu, ainda inédito no Brasil, conta a vida do jovem Antônio, interpretado pelo ator Max Suen, que procura sentido para a existência enquanto tem encontros sexuais, lida com maconha e rouba o que pode, tanto por necessidade como por prazer. Em julho, participou do Festival Internacional de Cinema New Horizons, na Polônia. Em conversa com a coluna GENTE, o diretor, de 25 anos, se anima em explicar como o mercado latino está aberto para diretores novatos.

Há algo de bibliográfico na história do filme? Minhas inspirações vieram de diversas fontes, tanto pessoais quanto cinematográficas. A ideia central foi inspirada em experiências pessoais e observações sobre as complexidades das relações sentimentais, romântica ou familiar. Alguns elementos da trama foram influenciados por obras cinematográficas que exploram temas de identidade, deslocamento e busca por pertencimento, como Rebeldes Do Deus Neón e Viva O Amor, de Tsai Ming Liang. Embora o filme não seja diretamente baseado em nenhuma obra ou vida específica, ele carrega influências de várias experiências e vivências.

O Brasil discute a liberação de maconha. Como tem acompanhado o assunto? Tenho acompanhado a discussão com grande interesse. É um debate importante para desestigmatizar o uso da maconha e explorar seu potencial medicinal, além de repensar políticas de combate às drogas que, muitas vezes, têm efeitos mais nocivos do que benéficos. Vários aspectos são abordados nesse debate, desde segurança pública, saúde até impactos econômicos. Já veremos como termina tudo isso, sou a favor da legalização.

Temas do universo LGBTQ+ costumam ser “nichados” no mercado audiovisual. Há quem veja isso como proteção e quem encare como preconceito. Qual sua avaliação? É uma faca de dois gumes. Por um lado, pode garantir espaços seguros e representações autênticas. Por outro, pode limitar o alcance dessas histórias e perpetuar a ideia de que são destinadas apenas a um público específico. É essencial continuar promovendo a diversidade e a inclusão em todas as áreas do audiovisual, para que essas histórias ressoem com um público mais amplo e contribuam para uma sociedade mais inclusiva.

Conte um pouco dos bastidores e dificuldades que enfrentou? Os bastidores foram repletos de desafios e aprendizados. Desde a fase de pré-produção, enfrentamos dificuldades com financiamento e logística. Filmar em locações diversas e lidar com as diferenças culturais e burocráticas entre os países envolvidos na coprodução (Argentina, Brasil e França) também foi desafiador. No entanto, essas dificuldades foram superadas com muito trabalho em equipe, dedicação e criatividade. Foi uma experiência enriquecedora que me preparou para futuros projetos.

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Como funcionou a coprodução Argentina, Brasil e França? Quem tem a palavra final? A coprodução foi um processo bem colaborativo. Cada país trouxe suas próprias perspectivas e recursos para o projeto. A palavra final, geralmente, fica com o diretor. Quero acreditar! Mas em uma coprodução, decisões importantes são tomadas em conjunto com os produtores de cada país e vamos encontrando equilíbrio entre as diferentes visões e interesses envolvidos. A comunicação constante e o respeito mútuo foram fundamentais para o sucesso dessa parceria.

Você se mudou do Brasil para a Argentina ainda jovem. Como foi essa adaptação? Foi uma experiência desafiadora, mas também enriquecedora. Adaptar-me a uma nova cultura e língua foi um processo gradual, mas que ampliou minha visão de mundo e influenciou profundamente meu trabalho como cineasta.

Pensa em voltar para o Brasil? Embora esteja bem adaptado e tenha construído uma carreira sólida na Argentina, sempre considero a possibilidade de voltar ao Brasil, seja para projetos específicos ou até mesmo para um retorno definitivo, dependendo das oportunidades que surgirem.

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Acredita que o mercado latino está aberto a diretores “novatos” em longas? Sim! Especialmente com a proliferação de festivais de cinema e plataformas de streaming que buscam diversidade e inovação. No entanto, ainda existem desafios significativos claramente, como a dificuldade de financiamento e a concorrência acirrada. Diretores novatos precisam ser resilientes e criativos para encontrar suas oportunidades, mas o crescente interesse por novas vozes é um sinal positivo.

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