Oscar no Carnaval: filmes que serviram de inspiração para escolas de samba
Enquanto aumenta apreensão pela possível vitória de Fernanda Torres, coluna GENTE preparou um ‘esquenta’ ao ritmo da folia

No clima do tapete vermelho de Hollywood, mas sem perder o gingado das escolas de samba, a coluna GENTE relembra alguns desfiles memoráveis que utilizaram filmes como referências na Marquês de Sapucaí.
O Salgueiro, em 2011, trouxe o enredo O Rio no cinema, com várias referências a filmes nacionais em paisagens cariocas, além de misturar clássicos americanos ao samba que caiu na boca do povo. Sob batuta de Renato Lage, teve até uma imensa alegoria de um gorila que, ao invés de subir o Empire State, de Nova York, ficou pendurado na escultura da Central do Brasil. Não faltou referência ao filme Rio, de Carlos Saldanha. A animação é ambientada numaa vibrante cidade do Rio de Janeiro durante o Carnaval e conta a história de Blu, arara-azul domesticada que nunca aprendeu a voar, e sua jornada de autodescoberta.
A Unidos da Tijuca, no mesmo ano, teve como enredo Esta noite levarei sua alma, sobre o medo através do cinema. Famosos filmes de terror e suspense foram retratados no desfile da escola, de autoria do carnavalesco Paulo Barros. Sexta-feira 13, Frankestein, Família Adams, Todo mundo em pânico, entre outros, “assombraram” a Avenida no , maior alto astral. Aliás, Paulo é um fã incondicional do cinema americano. Sempre que pode, ele traz em seus desfiles alguma menção a Hollywood. Para este Carnaval, no desfile da Vila Isabel, Paulo prepara um carro alegórico com esculturas que lembram os personagens do filme de animação Monstros S.A.
E o que não falta é filme que tenta retratar a euforia do Carnaval nas telonas. Entre os mais recentes, o documentário Não Vamos Sucumbir, de Miguel Przewodowski, revela os bastidores das escolas de samba do Rio de Janeiro e mostra como foi a retomada do Carnaval carioca após a pandemia da Covid. Fevereiros, de 2017, mostra os bastidores do desfile da Mangueira, em homenagem a Maria Bethania. Já Damas do Samba, de 2013, é um filme de Susanna Lira que faz um passeio no tempo e mostra a trajetória do samba ao longo da história, com foco na participação feminina em sua construção e desenvolvimento até os dias de hoje. Rosa – a narradora de outros Brasis, de 2024, acompanha a trajetória de Rosa Magalhães. Foi o último registro em vida da carnavalesca mais vitoriosa da história do Carnaval carioca. Ficção baseada em fatos reais, Trinta, de 2014, relata a história da vida do carnavalesco Joãosinho Trinta – e mostra sua trajetória, do anonimato ao sucesso, desde o início de sua carreira como bailarino no Rio, até chegar ao posto de carnavalesco da Acadêmicos do Salgueiro.