Os desafios da responsável por levar a Mostra de Tiradentes a Paris
Um dos maiores eventos de cinema do Brasil ganha edição especial em Paris, sob batuta de Raquel Hallack

Considerado o maior evento dedicado ao cinema brasileiro contemporâneo, a Mostra de Cinema de Tiradentes, em Minas Gerais, ganhou uma edição especial em Paris, na França. Até a próxima segunda-feira, 7, o público parisiense terá a oportunidade de conhecer uma seleção de 12 filmes brasileiros, caracterizados de “clássicos de Tiradentes”, exibidos em espaços culturais da cidade.
“Eu me sinto muito honrada de poder realizar, junto com a minha equipe, uma edição especial do evento na França, que além de ser um epicentro para o cinema mundial, também teve um impacto significativo na forma como o cinema é visto globalmente”, comemora Raquel Hallack, CEO da Universo Produção e coordenadora da Mostra brasileira. À coluna GENTE, ela contou que, apesar de a parceria com a França não ser nova, a “conexão Brasil-França” não veio sem desafios: “Primeiro, escolher os filmes e, segundo, estabelecer essas conexões audiovisuais. A curadoria está sempre atenta ao que está acontecendo no Brasil. Geralmente, são filmes de baixo orçamento, que não chegam ao circuito comercial e que apresentam novas narrativas, estéticas e novas maneiras de se fazer cinema”.
Entre os filmes exibidos no festival estão o curta mineiro Fantasmas, de André Novais Oliveira, o longa cearense Estrada para Ythava, de de Guto Parente, Luiz Pretti, Ricardo Pretti e Pedro Diógenes, além dos longas O Quadrado de Joana, de Tiago Mata Machado (MG), Baronesa, de Juliana Antunes (MG), e Pacific, de Marcelo Pedroso (PE).
“É uma oportunidade de mostrar para o público francês e abrir essa janela que é um espelho e uma resposta às transformações que o cinema brasileiro vem refletindo como um momento histórico daquilo que é produzido no país. A gente espera que seja uma temporada audiovisual brasileira em que possa mostrar a força e a criatividade das nossas histórias e também uma reflexão sobre as questões que moldam o nosso tempo, considerando que o cinema é uma resposta ao país, ao tempo presente, à sociedade”, completou.