O que tanto incomodou autora de ‘Vale Tudo’ ao adaptar versão original
Remake traz mudanças significativas na novela de 1988

Embora a música de abertura com Gal Costa e o logotipo sejam originais, o remake de Vale Tudo, da TV Globo, traz mudanças significativas para a trama, especialmente em relação ao racismo. No entanto, outro conceito da versão de 1988 precisou ser revisto no roteiro adaptado por Manuela Dias. “A questão do machismo na primeira versão é chocante”, declarou a escritora. Ela observa ainda que nem mesmo os personagens “mais bonzinhos” escapam do preconceito. “Poliana (vivido por Pedro Paulo Rangel) dizia que ia bater na Aldeíde (Lilia Cabral). ‘Dar na cara dela’ é a expressão que ele usa. A questão da agressão contra a mulher na versão de 1988 é totalmente normalizada”, lembra Manuela. Quase 40 anos depois, a autora se sente aliviada por poder mudar a abordagem. “Que bom que hoje em dia a gente estranha e é capaz de ver o que está acontecendo”, completou. Os novos rumos de Vale Tudo serão vistos a partir do fim de março, na faixa das 9, substituindo Mania de Você.