O que não pode faltar na mesa de Páscoa de chefs badalados
Coluna GENTE perguntou aos profissionais da gastronomia sobre suas receitas indispensáveis. Confira as (deliciosas) respostas

Fernando Pavan, chef Executivo do Nannai, com unidades em Muro Alto (PE) e Fernando de Noronha (PE): “Na minha casa não tem Páscoa sem bacalhau e vinho. Normalmente, preparamos o bacalhau no forno, com batata e legumes”.
Paula Peixoto, chef pâtissier do Grand Hyatt Rio de Janeiro: “A colomba pascal é mais do que um simples pão doce na minha ceia de Páscoa, carrega uma rica tradição e simbolismo que enriquece a celebração. Sua forma de pomba, que remete à paz e à esperança, ecoa o significado como um tempo de renovação e harmonia. Além do simbolismo, a colomba traz toque especial à mesa com textura macia e sabor delicado.”
Elia Schramm, à frente da BabboOsteria, do Jurubeba bar e da Scuola (RJ): “O que não pode faltar no almoço de páscoa da minha família é bacalhau. Não sou de comer muito bacalhau, mas na Páscoa vem memória histórica, que me reacende afetivamente a vontade de comer bacalhau. Inclusive, botei, já no clima da Quaresma, prato de bacalhau na sugestão do Babbo”.
Paula Prandini, do Empório Jardim (RJ): “Não pode faltar uma boa garrafa de vinho branco, o meu bacalhau espiritual, algum tipo de chocolate 70% e o meu arroz de amêndoas. Claro, não pode faltar a Duda, minha filha”.
Ana Bueno, do Banana da Terra, de Paraty (RJ): “Não pode faltar bolinho de bacalhau. Ele já fica pronto, não é nem servido quente, frito na hora, mas é um bolinho que já fica fritinho, morninho ali. Quando as pessoas chegam, começam a comer aquele bolinho, fazemos um brinde e começa então a nossa Páscoa”.
Ariani Malouf, do Buffet Leila Malouf, do Mahá e do Mandaloum (MT): “O almoço de Páscoa é significativo na minha família. Vivemos a quaresma e no domingo festejamos a ressurreição de Jesus com amor e união em volta da mesa. Na nossa Páscoa não pode faltar o quibe cru feito pela minha mãe, o carneiro inteiro recheado com arroz libanês e o pintado recheado com nozes, coentro e molho tahine” .
Kaywa Hilton, do Boia Restaurante, em Salvador, e do Maré (BA): “Gosto muito de bacalhau, mas não uso porque não é um peixe das águas brasileiras. Então, uso uma pescada branca, faço todo o processo que se faz com o bacalhau: salgo, seco e depois preparo como se fosse um prato tradicional português”.
Fabricio Lemos e Lisiane Arouca, do Grupo OriGem. “Sou apaixonado por frutos do mar e aproveito a ocasião para fazer vinagrete morna com camarão e polvo para comer com pão de entrada”, diz Fabricio.
Bruno Hoffmann, do Benjamin Osteria Moderna, em Porto Alegre (RS): “Além da família reunida, um bom bacalhau, com sabores bem presentes, como a minha mãe fazia: com azeitona, cebola, tomate, batata, tudo enfornado. Isso é o Comfort”.
Felipe Silva, do Osli Restaurante, em Florianópolis (SC): “Como chef e apaixonado por tradições e sabores, o almoço de Páscoa é um dos momentos mais especiais do ano. É quando a família se reúne, e a mesa se transforma. Para que esse dia seja ainda mais incrível, alguns elementos são indispensáveis. Não há Páscoa sem bacalhau, seja na versão tradicional à Gomes de Sá, com batatas, ovos e azeitonas, ou em receitas mais criativas. Para equilibrar a intensidade do bacalhau, os frutos do mar são ótimas opções. Camarões e polvo trazem frescor e sofisticação à refeição”.
Grégoire Fortat, do La Villa (RJ): “Na Sexta-feira Santa comemos peixe. Já no Domingo de Páscoa, na nossa família temos a tradição do famoso ‘Patê de Pâques em Crosta’, receita tipicamente francesa especial para a data. Pães também são presença obrigatória na mesa. E claro, uma sobremesa de chocolate também não pode faltar! Fondant de chocolate com sorvete de pistache.”
Monique Benoliel, do Ateliê Benoliel e Café Benoliel (RJ): “O que não pode faltar na minha Páscoa, ou Pessach (a Páscoa judaica), é o matzo ball, uma espécie de almôndega feita com farinha de matzá, cozida em caldo de galinha preparada com pele de frango e cenoura”.