O poder das festas juninas para a economia do nordeste
Denise Pontes, que esteve à frente da abertura do São João de Macaranaú, fala à coluna
Somente em 2023, as festas juninas movimentaram cerca de 6 bilhões de reais e 26,2 milhões de pessoas pelo país, segundo dados do Ministério do Turismo. Se depender do fôlego – e animação – que começa a agitar as principais cidades do nordeste que sediam festas de São João, este número promete ser superado este ano.
Denise Pontes, uma das responsáveis por colocar de pé o São João de Macaranaú, no Ceará, com 21 dias de atrações, fala sobre a força econômica das festas juninas, responsáveis por injetar finanças em cidades pelo interior do nordeste. “As festas de São João são muito importantes para a economia local, principalmente para cidades do sul da Bahia e interior. Fortaleza, por exemplo, não tem tanta tradição. Mas há cidades como Maracanaú, que já conquistam espaço neste cenário. Desde a costureira que faz o vestido da moça que dança quadrilha até o músico, é uma imensa cadeia produtiva que envolve muita gente. Publicitários, gráficos, carregador, pessoal da limpeza, segurança…. Pense num evento de 80 mil pessoas. Se cada um gastar apenas dez reais numa noite, só ali já rendeu 800 mil reais na economia da cidade”, diz ela, ex-secretária de Turismo e Cultura de Aracati (CE).