O conteúdo de biografia de ex-editor da Vanity Fair, inimigo de Trump
Graydon Carter fala sobre a visão internacional dos Estados Unidos

Graydon Carter, ex-editor da Vanity Fair, acaba de publicar seu livro de memórias When the Going Was Good: An Editor’s Adventures During the Last Golden Age of Magazines, em que expõe suas visões sobre política e a carreira antes de se aposentar de vez das redações. Crítico do governo de Donald Trump, Graydon afirma que há pouco apoio internacional aos Estados Unidos, acrescentando que não haveria tanta mobilização caso ocorresse um novo ataque terrorista como o de 11 de setembro de 2001. “O triste é que em dois meses, Trump fez (os EUA) o inimigo do mundo. Se houvesse outro 11 de setembro esta semana, não acho que o mundo se apressaria em nos apoiar da mesma forma”, disse ao jornal britânico The Guardian. Trump já proferiu algumas ofensas ao jornalista, chamando-o de “idiota”, “um verdadeiro perdedor” e que “não tem talento e parece um m*rda”. Graydon, que é canadense, ainda criticou os democratas por não terem se unido a fim de encontrar possíveis líderes. “Enquanto isso, metade da América não concorda com Trump. Essa parte da população pode crescer nos próximos meses”. Após se aposentar da Vanity Fair, Graydon fundou o Air Mail.
A decisão de escrever o livro veio há sete anos, quando o ator britânico James Fox, coautor do livro, disse que trabalharia com ele para ajudá-lo no processo de criação. “Eu escrevo para viver, então não foi a mesma coisa de quando ele trabalhou com Keith Richards. Mas ele foi fundamental, me mostrando como moldá-lo. Nem tudo acontece de forma linear”, afirmou. Durante os anos que ficou na Vanity Fair, Graydon afirmou que era um “macho beta”, ou seja, vivia se escondendo ou com medo de ser demitido a qualquer momento. Ele também aproveitou também para falar da decadência da revista, que antigamente rendia 100 mil dólares a página e, hoje, na sua opinião está fora dos padrões de excelência de sua época.