O beijaço do diretor Zé Celso Martinez ao se casar, aos 86 anos
União com o também diretor Marcelo Drummond foi celebrada com festa em São Paulo
Prestigiado diretor de teatro, José Celso Martinez Corrêa, de 86 anos, se casou com o também diretor Marcelo Drummond, de 60, na noite desta terça-feira, 6, no seu Teatro Oficina, em São Paulo. O espaço é um dos mais importantes polos culturais da cidade. Zé Celso reuniu familiares e amigos para a celebração do culto ecumênico – o ponto alto foi o beijaço que o casal deu após o “sim”. Depois, todos caíram na pista de dança ao som de Marina Lima e Daniela Mercury. Encerrando a noite, a bateria da escola de samba paulistana Vai-Vai.
O casal está junto há 37 anos, mas só agora oficializou a união com festa. Segundo, Zé, a decisão de se casar é para que o companheiro tenha direitos legais perante a Justiça. Entre os convidados estavam Alexandre Borges, Bárbara Paz, Malu Versoza, Leona Cavalli, Alanis Guillen, Andréia Horta, Julio Andrade, Elen Clarice, o maestro João Carlos Martins, Júlia Lemmertz, Drauzio Varella e a mulher, Regina Braga.
Um dos mais importantes diretores do teatro em atividade, Zé Celso criou, em 1958, o Grupo Oficina, que, sob a direção de Amir Haddad, encenou duas peças de sua autoria: Vento forte para papagaio subir (1958) e A incubadeira (1959). Em 1963, montou Os pequenos burgueses, de Máximo Górki, que obteve um grande sucesso de crítica. Em 1967, após um incêndio no Teatro Oficina e sua reformulação como palco italiano, Zé Celso realizou a montagem de O rei da vela, de Oswald de Andrade, um marco histórico de grande influência para a década de 1960, que consagrou o diretor como um dos pais do Tropicalismo. No ano seguinte, dirigiu Roda-viva, de Chico Buarque, no Rio, sua primeira experiência fora do Oficina.