O alerta de deputada à ameaça ao patrimônio de Ouro Preto
Duda Salabert denunciou a descoberta de uma fissura em uma barragem da cidade histórica de Minas Gerais
A deputada federal Duda Salabert fez um alerta à ameaça ao patrimônio de Ouro Preto, em Minas Gerais. Em uma publicação na plataforma X, Salabert denunciou a descoberta de uma fissura de mais de 100m na estrutura de uma das oito barragens da cidade histórica mineira.
Segundo a deputada, Agência Nacional de Mineração (ANM) decretou estado de alerta e já notificou a Mineradora para que haja contenção da trinca. “A dúvida que fica é: não havia ninguém da Vale monitorando a evolução da trinca? Mariana e Brumadinho estão aí para contar uma triste história sobre essas negligências”, escreveu.
Minas Gerais já viveu dois dos maiores desastres ambientais da história do país, com os rompimentos de barragens em Mariana, em 2015, e em Brumadinho, 2019. Somadas, as tragédias resultaram em 291 mortes, comunidades devastadas e muitos danos socioeconômicos à população.
À coluna GENTE, a Vale informou que foi a própria empresa que comunicou a ocorrência. Leia a nota na íntegra:
“A Vale esclarece que a barragem Forquilha V, localizada na mina de Fábrica, em Ouro Preto (MG), não sofreu alterações nas suas condições de estabilidade e permanece com Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) e Declaração de Conformidade e Operacionalidade (DCO) positivas vigentes. Nesta segunda-feira (5/08), a Agência Nacional de Mineração (ANM) vistoriou a estrutura, após a equipe técnica da Vale identificar e comunicar a ocorrência de fissuras, sendo determinado pelo órgão a Situação de Alerta, o que não representa uma situação que altera as condições de estabilidade da barragem. Um plano de ação já está em andamento para diagnóstico e tratamento. A Vale reforça que a barragem Forquilha V não tem influência sobre outras barragens do complexo e não há comunidade e estruturas operacionais na sua Zona de Autossalvamento (ZAS). A estrutura está sem operar desde 2023 e é monitorada 24 horas por dia, 7 dias por semana pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG) da empresa”.