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Harry e Meghan: como será a ‘dura’ vida do casal sem patrocínio da coroa

Eles estão em guerra com a família há tempos. São acusados de perdulários e antissociais

Por João Batista Jr. Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 15h10 - Publicado em 10 jan 2020, 06h00

A mensagem veio com pompa e circunstância, como manda o figurino da Casa de Windsor e nos ensina o seriado The Crown, não fosse um detalhe: o anúncio — e que soem as trombetas — ter sido feito pelo Instagram. Harry e Meghan Markle, os duques de Sussex, decidiram abrir mão dos privilégios que têm como membros reais para viver parte do tempo no Canadá e se tornar “financeiramente independentes”. E como será a dura vida sem patrocínio? Harry herdou o equivalente a 106 milhões de reais da falecida mãe, Diana, e tem direito a outros 13,3 milhões anuais de sua avó, a rainha Elizabeth, de um fundo usado para as despesas da realeza. Há ainda muitas dúvidas sobre os próximos passos: o casal vai abdicar dos títulos de nobreza? Uma pista das pretensões paradoxalmente plebeias dos pombinhos foi o fato de escolherem não dar a Archie Harrison, o filho nascido em maio, nenhum título de nobreza. Harry e Meghan estão em guerra com a família há tempos. São acusados de perdulários e antissociais. O casal passou o Natal em Vancouver, e não com os parentes no Castelo de Sandringham. O afastamento, segundo amigos dos dois, é também uma resposta aos exageros de parte da imprensa britânica — Meghan é chamada o tempo todo de “divorciada”, numa lembrança de seu passado. Não é a primeira vez, ressalve-se, que uma atriz, uma ovelha desgarrada, provoca escândalo entre a família real. O rei Eduardo VIII abdicou do trono em 1936 para se casar com a atriz americana, também divorciada, Wallis Simpson. Ele reinou por exatos 326 dias antes de fazer um pronunciamento no rádio. Com a saúde de Elizabeth II intacta, além da imensa fila à sua frente para pôr a coroa no cocuruto (seu pai, Charles; o irmão, William; e os sobrinhos, George, Charlotte e Louis), Harry não terá essa dor de cabeça.

 

Publicado em VEJA de 15 de janeiro de 2020, edição nº 2669

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