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Genro de Celso Russomanno com problemas na Justiça

Mais de vinte ações na Justiça por parte de sócios prejudicados

Por João Batista Jr. Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 set 2019, 15h25 - Publicado em 27 set 2019, 13h08

O cupcake azedou. Dono da rede The Original Cupcake, cujo nome na junta comercial é NQZ Participações e Investimentos, Bruno Neri Queiroz tem sido alvo de mais de vinte ações por parte de sócios que se dizem lesados e enganados por negócio visto como promissor. Genro de Celso Russomanno e casado com Luara Russomanno, Queiroz firmou sociedade com pessoas variadas (a maioria, desconhecidas de seu círculo social) de forma a abrir franquias do doce que, em determinado momento, virou modismo gastronômico — o cupcake. Os casos se deram sobretudo entre 2013, 2014 e 2015, com a expectativa de compor uma rede de franquias em São Paulo. Há quem tenha investido entre 20 000 e 500 000 reais na compra de cotas em um pool de empresa do segmento de franquias. Há processos recentes com valores superiores a 1 milhão de reais.

Segundo advogados de pessoas que foram prejudicadas, Queiroz teria de usar o dinheiro para abrir novas lojas — mas isso não aconteceu da forma estimada. Não bastasse, ele depois deixou de repassar o lucro da empresa e de prestar conta do balanço fiscal. As pessoas lesadas desconfiam se tratar de um caso de “pirâmide”. Queiroz nega. No fim de 2018, Queiroz e Luara deixaram a sociedade — e os ex-sócios ficaram mais assustados. Os novos “donos”, segundo eles, seriam laranjas. Queiroz nega. “Eu continuo sendo o responsável pela NQZ e por todos os processos e contratos firmados durante a minha gestão.”

Os sócios prejudicados se queixam, além do alegado calote, da vida de ostentação que Queiroz e Luara ostentam no Instagram, com festas e viagens internacionais. “Usei minhas economias para integrar a sociedade de algo que só me prejudicou, daí sou obrigado a ver os dois badalando enquanto eu estou sem nenhum dinheiro”, disse uma pessoa prejudicada que não quis se identificar. Queiroz afirma que quer resolver tudo: “Estamos tentando junto aos bancos levantar uma linha de crédito. Devido aos processos e protestos, não tenho condição de pleitear nada. Meus sócios devem cuidar dessa questão.” Ele culpa a economia claudicante do Brasil pela espirar de problemas financeiros: “o negócio começou bem, mas acabou que não tivemos o mesmo desempenho e capacidade intelectual de fazer um negócio à prova do Brasil.”

Queiroz e Luara têm histórico de problemas de pagamentos variados, tendo sido processados pelo prédio onde moram em São Paulo por atraso nas parcela do condomínio. Enquanto isso, o sogro Celso Russomanno desponta no topo das intenções de votos para a eleição da prefeitura de São Paulo.

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