Como tarifaço dos EUA prejudica relação com Meloni, a ‘escolhida’ de Trump
Primeira-ministra italiana vai se encontrar com presidente americano nesta quinta-feira, 17

O tarifaço de Donald Trump não tem agradado os chefes de Estado, em especial aqueles que mantêm uma relação “amigável” com o republicano, como a líder de extrema direita da Itália, Giorgia Meloni. Após anunciar em 2 de abril uma série de tarifas comerciais contra mais de 180 nações, muitos responderam na mesma moeda – a União Europeia foi uma das primeiras a se manifestar com tarifas retaliatórias. Meloni, no entanto, pode estar em uma corda bamba – ao mesmo tempo que precisa manter lealdade com a união econômica, também não quer cortar laços com o presidente americano.
A afinidade entre é antiga. Em dezembro, a primeira-ministra foi vista conversando com o republicano de maneira amigável no jantar de reabertura da Catedral de Notre Dame, na França. Embora fosse a primeira vez que se encontraram pessoalmente, a primeira-ministra pareceu “dominar” a conversa e manteve Trump engatado no que falava. “Uma verdadeira fonte de energia”, disse o presidente americano posteriormente. Mais tarde, Meloni foi visitá-lo no clube de golfe Mar-a-Lago, na Flórida, e, um mês depois, foi a única líder da Europa a comparecer à sua posse. Agora, o laço dos dois pode estar sendo colocado em xeque – tudo depende do que será discutido nesta quinta-feira, 17, em que os dois irão se reunir para a primeira cúpula bilateral. “Faremos o nosso melhor. Estou consciente do que represento e do que estou a defender”, declarou Meloni, que busca por uma solução pacífica.