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‘O setor náutico vem super aquecido da pandemia para cá’, diz diretora

Thalita Cordero de Vicentini, responsável pelo Rio Boat Show, explica bom momento do comércio de embarcações de luxo

Por Giovanna Fraguito Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 12h03 - Publicado em 24 abr 2024, 10h00

Durante sua gestão, Jair Bolsonaro (PL), por diversas vezes, pilotou jet-ski ou deu suas voltas em embarcações pelas baías tranquilas de Angra dos Reis, no sul-fluminense. A cada aparição, sempre rodeado de apoiadores com selfies em punho, o então presidente ajudava a promover, mesmo sem a intenção, o mercado náutico que ja vinha numa crescente, ao contrário de outros setores da economia mais afetados pela pandemia. Agora, o que se verá durante o Rio Boat Show, de 28 de abril a 5 de maio, na Marina da Glória, Rio, é um público ávido por novidades – mas também registros de selfies ao lado de um barco “dos sonhos”. Em conversa com a coluna GENTE, Thalita Cordero de Vicentini, 39 anos, diretora de eventos da Boat Show, fala das expectativas para uma movimentação em torno de 250 milhões de reais em negócios.

Que público o evento pretende atingir? Essa é a 25ª edição do evento no Rio de Janeiro. O objetivo é tentar levar as embarcações para o público que não tem oportunidade de conhecer o mercado. Temos eventos também em São Paulo, Itajaí, Foz do Iguaçu. Poderia dividir o público em categorias, a gente consegue atrair quem tem dúvidas sobre a compra de uma embarcação, em quem busca trocar a sua embarcação ou saber as tendências e o aspiracional, que são os que sonham com esse meio náutico ou só garantir uma ‘selfie’.

Qual é o perfil dos compradores de barcos de luxo? O comprador é na sua maioria masculino, mas o aval vem da mulher. Em famílias, o homem não tem o poder de decisão isolado. Por que não? Porque o barco é quase uma casa, então precisa ter o aval de outros moradores. Mas todos com poder de compra podem ser proprietários de barcos. Muitos compradores de São Paulo têm suas navegações em Angra dos Reis, por exemplo.

Como avalia o mercado hoje? O setor vem super aquecido da pandemia para cá, a gente vem em uma crescente. E o mercado passa por uma estabilidade.

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Bolsonaro, quando presidente, ajudou a bombar o mercado utilizando embarcações em momentos de folga? Como avalia isso? No momento em que Bolsonaro presidia, ele acabou pegando o ‘boom’ do mercado náutico. Mas acredito ser uma junção de coisas. Ele sempre fez questão de se posicionar e colocar a sua bandeira no meio náutico, principalmente o jet ski, que ele gosta muito. Ele voltou o olhar para um mercado que explodiu em um momento muito delicado. Ele enalteceu a cadeia.

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