Bilionário cubano provoca Trump com outdoors

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Desde que tomou posse do segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, em janeiro deste ano, Donald Trump está com uma política anti-imigração severa. O projeto divide opiniões e faz até os capitalistas declarados ficarem contra o líder de uma das maiores potências mundiais. Um deles é Miguél B. Fernández, empresário cubano que faz parte do grupo de bilionários contra os ideais do republicano. Pelas ruas de Miami, o filho de imigrantes protesta por meio de outdoors com frases impactantes que questionam a administração do governo. Em um dos painéis, por exemplo, ele provoca o presidente ao chamá-lo de “aspirante a ditador”. 

A cidade no sul da Flórida é conhecida pela quantidade de imigrantes, principalmente latinos. Segundo uma pesquisa do Pew Research Center, a região entre Miami e Fort Lauderdale tem aproximadamente 40% da população composta por estrangeiros. Fernández usa dessa quantidade significativa para protestar e alertar sobre o que está acontecendo no país. Os ataques são não só ao chefe de Estado, mas também para outros políticos que o apoiam. Dentre eles, congressistas de origem cubana que estão do lado de Donald Trump. No outdoor, ele afirma que deportar imigrantes é cruel, com a imagem do secretário de Estado, Marco Rubio, ao lado de Mario Díaz-Balart, María Elvira Salazar e Carlos Giménez, todos políticos da Flórida a favor da deportação.  Quando os outdoors passaram a surgir pela cidade, Miguél não se posicionou sobre o caso. Mas, depois de alguns meses, declarou que era o financiador do projeto. 

O magnata era do mesmo partido de Trump, mas saiu em 2016, por conta do presidente, que foi eleito pela primeira vez no mesmo ano. Embora tenha saído da organização, ele segue sendo a favor do capitalismo. “Sou capitalista e acredito que posso demonstrar isso de muitas formas’’, disse em entrevista para BBC News Mundo. Ele fundou uma empresa de investimentos privados e utiliza uma parcela do dinheiro para ajudar a população de onde vive. O empresário defende que o dinheiro pode ajudar as pessoas e luta por um futuro maior dos seus descendentes e do Estados Unidos. O patrimônio do cubano é de 1 bilhão de dólares, cerca de 5 bilhões de reais.

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