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As aventuras de Dina Barile, primeira brasileira a ir à estratosfera

Apaixonada por turismo, ela já conheceu 150 países e viveu experiências como nadar com baleias

Por Giovanna Fraguito Atualizado em 21 abr 2025, 17h40 - Publicado em 19 abr 2025, 10h00

Apaixonada por turismo, Dina Barile, 69 anos, é a primeira e única brasileira a ir à estratosfera – segunda camada da atmosfera terrestre; feito realizado em 2015. Pelos seus cálculos, já conheceu 150 países e esteve em todos os continentes. Dentre as aventuras mais instigantes, realizou trekking em busca dos gorilas-das-montanhas em Uganda, na Floresta Impenetrável de Bwindi, com sucesso. Essa raça está em extinção, mas ela não só avistou como esteve próxima de um grupo de 19 indivíduos com 3 filhotes. Andou na borda de um dos vulcões mais ativos do mundo, o Monte Yasur, em Vanuatu, onde pôde registrar explosões do magma e da lava em erupção, além de nadar com algumas baleias jubarte e seus filhotinhos, em Tonga. Filha de imigrantes italianos, cursou duas faculdades: Bacharelado em Estatística, na USP; e Ciências Atuariais, na PUC. Dina falou com a coluna GENTE sobre suas aventuras, que poderiam estar em muitos filmes de ação.

Qual é a maior motivação para viver tantas experiências inusitadas? Meus pais não gostam de viajar. A minha primeira viagem foi para a Itália, em 1979, para levar minha mãe de volta à sua cidade natal, já que ela havia saído de lá 25 anos atrás. Foi minha promessa, assim que comecei no meu primeiro emprego, de que a levaria para passear e encontrar sua família. Gostei tanto da experiência que comecei a economizar e focar em juntar dinheiro para viajar nas férias, uma vez dentro do Brasil e outra para o exterior.

O que viveu de mais marcante em todas as viagens que já fez? Foram muitas experiências interessantes. Gosto muito da natureza e dos animais, então, foi emocionante nadar com as baleias jubarte e seus filhotinhos; fazer a expedição para encontrar os gorilas-das-montanhas, e perceber que no grupo de 19 espécimes que encontramos, 3 deles eram filhotes; o vulcão em erupção que vi em La Palma, nas ilhas Canárias; os animais e fenômenos dos extremos, como aurora boreal, ursos brancos, morsas no Ártico e pinguins, focas, baleias na Antártida; a religiosidade e fé de países como Índia e Butão; dunas de 400 metros e flora e fauna endêmicas na Namíbia, em Madagascar e em Socotra; o encontro de 150 tribos que se dá uma vez por ano em Papua Nova Guiné, no festival Sing Sing, onde podemos observar o modo de vida, danças e trajes típicos de cada uma e saber que num país tão pequeno, eles falam mais de 800 idiomas.

Como conseguiu ir até a estratosfera? Comecei a pesquisar maneiras de fazer algo relacionado ao espaço e conheci a agência de viagens que o astronauta brasileiro Marcos Pontes montou para promover diversas experiências radicais. Conversei com o seu sócio e disse que adoraria ir para o espaço e também realizar uma aventura em gravidade zero. Ele me ofereceu a viagem para a estratosfera, de onde poderia ver a curvatura da Terra, e também um voo de gravidade zero, outro sonho meu. Para realizar as duas aventuras, o destino ideal seria a Rússia. A agência organizou tudo para mim. Para chegar à estratosfera, embarquei em um caça MIG 29, na base de Sokol, e ultrapassei a barreira do som, com a façanha de voar a 1.870 km por hora. Quando cheguei a 16.700 metros de altitude, pude observar o contraste do espaço completamente negro à minha direita e as cores do nosso lindo planeta à esquerda.

Precisou de treinamento? Primeiro foi necessário conhecer um pouco como funciona um caça Mig, já que a viagem seria com o piloto e eu de co-pilota. Fui treinada em verificar a velocidade, altitude, e também como acionar o “botão do pânico”, porque caso acontecesse algo com o piloto, precisaria acionar esse botão, para que o teto do caça abrisse e eu fosse ejetada para concluir a viagem descendo de paraquedas.

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Tem algum país ou experiência que ainda sonha em realizar? Uma das experiências é conhecer o vulcão Ijen, na Indonésia, o único no mundo que tem chamas e lavas azuis. É um local de difícil acesso e bem insalubre, por causa do enxofre que emana das fissuras dentro do vulcão.

Por que optou por não ter filhos? Não foi bem uma decisão, mas uma reação aos acontecimentos da vida. Nunca casei, embora tivesse tido a oportunidade, algumas vezes. Em muitos relacionamentos, quando o namorado me pressionava com a frase: “A viagem ou eu”, sempre escolhia a viagem.

Dina Barile
Dina Barile (./Divulgação)

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