A relação de Henrique Fogaça com Paola Carosella e Erick Jacquin
Chef conversa com a coluna sobre sua pausa no ‘MasterChef’ e a estreia como piloto de rali
Henrique Fogaça, 48, não estará no próximo MasterChef Brasil, que estreia em maio. O chef fará uma “pausa” e Rodrigo Oliveira será seu substituto na edição de 2023. Fogaça conversou com a coluna sobre o motivo desse tempo, os projetos fora do programa culinário da Band, como o livro O Mundo do Sal e a estreia como piloto de rali.
Por que pediu uma pausa no MasterChef? A pausa do MasterChef foi para não ficar tão sobrecarregado, cuidando dos restaurantes, estar mais próximo da minha família, da Olivia, dos meus filhos. Foi essa a intenção.
Da formação original do programa, você ainda mantém contato com todos? Da formação original a gente tem menos contato, a Paola (Carosella) acompanho nas redes sociais, mas a gente se vê muito pouco. Já com o (Erick) Jacquin falo bastante. A Helena (Rizzo), que entrou agora, é muito querida, muito gostoso de trabalhar. Eles são uma figura. Toda a equipe tem um clima muito agradável.
Como foi sua estreia como piloto de rali? Pretende continuar competindo? Estreei como piloto da Mitsubishi, no ano passado eu tive um convite da Band para fazer uma volta, em um circuito de rali de 30 km e gostei muito. Está no meu DNA… carro, moto. Gosto de adrenalina e o rali é bastante isso. Agora sou o piloto oficial da Mitsubishi e participo das competições amadoras, concorrendo com pessoas que já estão há dez anos no mundo do rali. Fiquei em oitavo lugar em um ranking de 17 pessoas. Foi bom para a primeira corrida e vou correr mais seis etapas esse ano.
No comando dos restaurantes (Sal Gastronomia, Sal Grosso, Jamile e Cão Véio), quais as maiores dificuldades? A maior dificuldade que vejo para um restaurante é manter o padrão diariamente. É fácil fazer um prato um dia lindo, bom e bem montado, mas replicar isso durante anos não. Quem trabalha com pessoas sabe.
E qual a motivação para empreender? É ter boas pessoas trabalhando, braços direitos. Eu tenho chef executivo, tenho um chef em cada operação, subchefe, dentro dessa hierarquia de cozinha. No salão também tem a parte de gestão, administrativa, que é 50% do negócio. Porque o nosso trabalho está em toda essa parte minuciosa, de compras, de qualidade, de preços… Hoje em dia está tudo muito caro. Então, (é necessário) para poder trabalhar com um valor que não seja muito alto, mas que dê para manter o restaurante, oferecendo experiência para as pessoas.
Sobre os projetos fora do MasterChef, em Portugal você realizou uma série de jantares para o lançamento do seu livro O Mundo do Sal. Como foi? Fiz cinco jantares: em Porto, Aveiro, Cascais, Évora e Algarve. Com aproximadamente cem pessoas. E fiz receitas do livro, pratos que são a minha assinatura, uma entrada, um prato e uma sobremesa. Em alguns lugares fiz um coquetel de entrada. E foi muito bom, as pessoas me conhecem lá pelo MasterChef. Recentemente visitei Luanda para preparar um menu especial junto do chef Anselmo Silvestre. Fui muito bem recebido, falam português, ótima experiência, fizemos dois jantares lá lançando o livro. Achei a cidade grande, com praia, agradável e diferente.