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A região da Bahia que quer ser referência do ‘Slow Travel’ no Brasil

Diretor Antonio Barretto Júnior conversou com a coluna GENTE sobre planos do turismo de alto luxo no país

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 jan 2025, 11h17 - Publicado em 9 jan 2025, 10h30

O ritmo pacato da vila de pescadores de Baixio, no litoral norte da Bahia deve estar com os dias contados. Intensas obras são prometidas para a região pelos próximos anos. Tudo para erguer três ecoresorts de alto luxo, de bandeiras internacionais. Depois, promete-se, o destino deve voltar à calmaria. Pelo menos este é o plano de Antonio Barretto Júnior, um dos diretores do Grupo Prima, uma das grandes empresas do mercado imobiliário no Brasil.  Em conversa com a coluna GENTE, Barretto expõe os ambiciosos planos para a área de 6.3 mil hectares, que abriga Mata Atlântica preservada, lagoas de água azul tal como as do mar de Maldivas, além de rio límpido e praias a perder de vista.

ANANTARA. “A gente vai agora, no primeiro semestre, lançar efetivamente os resorts de alto luxo. São três. E começou a obra da Via Costeira, que vai interligar a Vila de Baixio aos três principais resorts, numa distância de oito quilômetros de estrada. Será uma estrada com piso ecológico. E é a partir dela que a gente vai dar acesso às construções desses resorts, de três bandeiras internacionais de altíssimo luxo”.

PICOS DE EMPREGO. “Durante a construção, vai chegar a um pico de obras em torno de 2.500 trabalhadores da construção civil. E com os três resorts em operação, vamos ter algo em torno de 3.000, 3.500 pessoas empregadas. Hoje, a Prima já emprega na região 250 funcionários, entre os dois hotéis existentes, a Baixio Turismo, área agrícola, fazenda, em torno de 250 funcionários. A gente tem, através do Instituto Voar, nosso Instituto de Responsabilidade Social e Sustentabilidade, ação de capacitação profissional. Desde 2008, o Voar vem trabalhando com capacitação profissional”.

NOVO CONCEITO. “Em 2028 a gente vai ter o primeiro resort, seis meses depois, no máximo, o segundo; e em 2030, o terceiro. O público alvo deve ser de 90% brasileiros. Há demanda por investimento de turismo de alto luxo nessa região da Bahia. Será um polo de oferta aqui dos resorts all inclusive, além do destino Mamucabo. Estamos construindo do zero. A gente está engajado o conceito de santuário intocado da Mata Atlântica altamente preservada na propriedade. São três biomas: a restinga com dunas no litoral, a Mata Atlântica e, mais a oeste, os manguezais. É o santuário do Bem Viver, na linha de regeneração de energia, será um turismo voltado para o aspecto de regeneração pessoal”.

SLOW TRAVEL. “Assim como houve aquele movimento Slow Food lá na década de 1980 na Itália, hoje a tendência mundial é o Slow Travel, ou seja, não é viajar por viajar e estar conectado. Vive-se hoje uma sociedade totalmente conectada, onde as telas do celular e da televisão online causam estresse nas pessoas. Nosso posicionamento em Baixio é o de reconexão, de diminuir a frequência que se vive no mundo. O conceito de Slow Travel casa muito bem com o destino. A região quer ser referência do Slow Travel no Brasil. É um conceito ainda embrionário no turismo nacional. Completa imersão na natureza, temas mais holísticos de bem-estar, de bem viver… Por isso a gente chama Baixio de Santuário do Bem Viver e Mamucabo, Santuário Intocado”.

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SEM LIKES. “Na visita à Lagoa de Panela, a gente não estimula o wi-fi, por exemplo. O wi-fi não existe lá. E ninguém sente falta, muito pelo contrário. Um amigo nosso ficou de um bate-papo ontem lá e de repente ele notou: ‘Você sabe por que a gente está aqui duas horas conectados? É porque estamos desconectados do mundo exterior, aqui não tem internet’. Por isso o papo flui tranquilamente”.

PRIVATIZAÇÃO DE PRAIAS. “O Brasil precisa, inicialmente, criar segurança jurídica para atrair melhores e maiores investidores. Temos hoje uma insegurança jurídica muito grande. Toda vez que a gente conversa com investidores internacionais, esse é o principal ponto de atenção. E o Congresso precisa, efetivamente, olhar para essa questão da atração do investimento. Tem companhias aéreas que não vêm para o Brasil pela insegurança jurídica que existe. O recordista mundial de ações jurídicas contra companhias aéreas é o Brasil. As companhias aéreas chegam a ter 2.500 ações contra elas todo mês. Isso é muito ruim para atração de novas companhias aéreas. Então, a discussão sobre privatização de praias precisa ser feita com responsabilidade e voltada para os interesses comuns da população e dos investidores. Tem que haver balanço entre interesses comuns da população, que não pode ser desprezada, e da atração de investimentos que gera desenvolvimento econômico”.

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