A mulher por trás do aplicativo onde monogamia não tem vez

Se você está em busca de encontrar o amor da sua vida ou um compromisso sério, talvez o aplicativo Gleeden não seja a melhor escolha. Mas se seu objetivo é explorar relacionamentos extraconjugais, essa plataforma pode ser a aposta certa. Criado por e para mulheres, o recurso reúne cerca 13 milhões de usuários em todo mundo, sendo 1,2 milhão somente no Brasil, refletindo uma tendência crescente que é o rompimento da monogamia tradicional. “As pessoas que se cadastram no Gleeden não buscam o amor da sua vida, mas sim ‘casos’ e/ou amantes”, explica Silvia Rúbies, 48 anos, chefe de Marketing e Comunicação da marca para a Espanha e América Latina, à coluna GENTE.

Segundo Silvia, os mais interessados na plataforma são homens e mulheres que já estão em um relacionamento estável e buscam aventuras sem compromisso, amantes. “Há também pessoas solteiras, divorciadas ou viúvas que desejam conhecer outras pessoas sem compromisso”, frisa. Diferentemente das outras plataformas de namoro, o app não funciona por matches. “Quando um perfil é atraente, uma mensagem é enviada por ele e, então, uma conversa pode começar”, explica a executiva.

Porém, os rapazes são gerenciados pelo sistema por meio de um sistema de créditos. Cada ação que realizam, como enviar uma mensagem, ler uma mensagem recebida e enviar presentes, vale uma certa quantidade de créditos e, quando esgotados, podem ser comprados novamente. “Existem três pacotes de créditos com três preços diferentes; quanto maior o preço, mais créditos você pode usar”, detalha a empresária, que faz questão de ressaltar: “Os perfis são 100% reais, não há robôs ou ‘anfitriãs'”.

Os mais tímidos também têm um lugar no programa, que preza pelo anonimato. “Temos ferramentas como o ‘botão do pânico’ ou a possibilidade de alterar o ícone em celulares. Além disso, os usuários usam o aplicativo com um pseudônimo, não com seu nome real”, diz Silvia. Por outro lado, se algum experto acha que o negócio é brincadeira, melhor desistir da ideia. Além de ter uma equipe de moderação 24 horas por dia, o Gleeden possui “sinais de alerta” que, se surgirem durante uma conversa, permite o sistema verificar o que está acontecendo. “Se observarmos comportamento que vá contra nossa política, podemos fechar os perfis. Queremos que nossa comunidade seja respeitosa e saudável”, completa Silvia.

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