A estratégia de Luciano Hang para não “sumir” das redes sociais
Ele aposta no Linkedin e no Parler e mantém estrutura com oito funcionários exclusivos para redes sociais

O empresário Luciano Hang tem diversificado sua atuação em rede social após o STF ter bloqueado suas contas no Twitter e Facebook. O proprietário da rede Havan e dono também de uma fortuna estimada em 18 bilhões de reais tem sido mais ativo no Linkedin. A conta de Hang na rede social de caráter corporativo foi criada em 2019, mas só recentemente ele tem sido mais atuante na plataforma. A linha editorial por lá, aliás, é clara: evitar abordar assuntos relacionados à política. No Linkedin, ele privilegia temas como economia, empreendedorismo e inclusão.
Na semana passada, Hang postou sobre uma funcionária deficiente auditiva, que comemorava 16 anos como sua funcionária: “É o que eu sempre digo: não é porque é deficiente que não pode encontrar um lugar para trabalhar”, escreveu. Bem diferente da percepção dele sobre a questão da diversidade em um passado não muito distante. Em dezembro de 2019, Hang publicou em suas redes um vídeo criticando a obrigação de colocar piso tátil em suas lojas e da necessidade de disponibilizar cadeiras de rodas automática em uma loja de Chapecó. Ele sugeriu que a loja ficou “feia” com a marcação e que “essa porcaria que não leva nada a lugar nenhum”. O empresário, que entrevista a VEJA afirmou não ser bolsonarista, soma 151 000 seguidores no Linkedin.
Excluído por ordem judicial do Facebook e Twitter e investigado por suspeita de financiar a divulgação de fake news (o que o empresário nega), Hang tem no momento contas ativas no Instagram, YouTube e Parler — criada em julho e com o único objetivo de abordar temas políticos.
O bloqueio de suas contas no Twitter e Facebook não fez o empresário diminuir sua estrutura de rede social. Ele conta com uma equipe composta por três jornalistas, dois videomakers e três assistentes para dar conta de seus conteúdos no mundo digital.