A baiana que se tornou primeira monja afro indígena de linhagem japonesa
Cerimônia de ordenação de Rosali Eliguara Ynaê aconteceu no templo Shinōzan Takuonji, no Paraguai
Uma baiana de 39 anos se tornou a primeira monja zen budista afro indígena da linhagem japonesa Soto Zen, tradição com mais de 700 anos. A cerimônia de ordenação de Rosali Eliguara Ynaê aconteceu em julho no templo Shinōzan Takuonji, no Paraguai. Nascida em Salvador, a monja, que passou a ser chamada de Rõzen após a ordenação, tem pai de ascendência indígena do Kariri Xocó, povo indígena que se estabeleceu em Paulo Afonso, no norte da Bahia. Já sua mãe é sertaneja, branca e católica.
Ela conheceu o budismo através de uma professora que fazia doutorado sobre a doutrina filosófica e espiritual quando estudava História na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). A partir de então, começou a se aprofundar sobre a tradição Soto Zen, versão do budismo que tem como base a prática “zazen”, tipo de meditação sentada que visa purificar a mente. No ano passado, Rõzen soube do templo em Yguazú, no Paraguai, que surgiu após a imigração na Segunda Guerra Mundial, e se encantou com a comunidade. Depois de três meses de estudos, convívio e prática no local foi aceita como aprendiz.







