Quem mais lucra com polêmica de Cauã Reymond – e como fica a Globo
As notícias sobre atrito do ator com Bella Campos nos bastidores continuam rendendo - e isso tem seu peso

Nesta semana, o universo da internet entrou em erupção — e como — com a revelação feita pela coluna Gente, de VEJA, de um foco de crise nos bastidores de Vale Tudo, envolvendo os atores Cauã Reymond e Bella Campos. Intérprete na trama do gigolô César, que na novela original foi vivido por Carlos Alberto Riccelli, Cauã teria irritado a colega de elenco — que faz as vezes de uma das protagonistas da trama, a vilã Maria de Fátima — ao tentar dar palpites em sua atuação durante as gravações — e ela revidou. Diante do ocorrido, e das reações imediatas nas redes sociais, logo ficou claro que quem tem mais a perder com o episódio é o próprio Cauã. De supostas alfinetadas de suas ex em postagens na web — com Grazi Massafera entre elas — à indireta irônica (e em tom feminista) lançada pela atriz Andreia Horta, o galã corre o risco de ver os rótulos de “homem tóxico”, “antipático” e “machista” se colarem à sua imagem. Justa ou não, essa pecha é incômoda para qualquer celebridade.
Mas, se Cauã perde, há alguém que ganhe com toda essa polêmica? E como fica a Globo na história? Confira a seguir os efeitos que o “Cauãgate” pode provocar:
Quem mais lucra com a polêmica em Vale Tudo?
Disso não há nem dúvida: é Bella Campos. A atriz entrou na novela sob os olhares desconfiados de boa parte dos noveleiros das redes. Mas, se eles torciam o nariz para sua escalação no papel antológico de Glória Pires no folhetim de 1988, logo no primeiro capítulo foram obrigados a rever seus preconceitos. A atuação de Bella pode não ser aquele primor se comparada à Maria de Fátima da primeira versão. Mas seu rosto e seu jeito de ser combinaram bem, digamos, com a personagem inacreditavelmente fria e dissimulada. Graças a sacadas da Globo como um perfil fake da “influencer” Fátima Acioli no Instagram, a vilãzinha já vinha angariando uma inusitada simpatia. Com o vazamento do atrito entre ela e Cauã, Bella ganhou um plus de imagem: saiu da história com a aura de mulher forte que não aceita ser tutelada por homens. Algo precioso, sem dúvida, na era da afirmação feminina.
A Globo perde ou ganha com o “Cauãgate”?
Essa resposta é mais complexa. Basicamente, tudo depende do andamento do caso daqui em diante. Se surgirem novos desdobramentos que pintem um quadro mais grave, e se as reações de indignação se avolumarem, a Globo corre o risco de ver a situação sair de controle. O climão nos bastidores seria tão grande que afetaria as gravações da novela — no limite, Cauã teria de sair de cena para acalmar os ânimos entre os colegas de elenco. Há quem veja no post irônico de Andreia Horta, por exemplo, a fagulha para um hipotético novo #MeToo nas novelas.
Caso a polêmica não traga surpresas mais cabeludas, porém, algo curioso pode acontecer: a Globo acabar tirando lucro involuntário da crise. Nas mentes dos espectadores, afinal, intérpretes e personagens de folhetins tantas vezes se confundem, e isso instiga fantasias. Nesse sentido, o atrito só aguçaria mais o apetite do público por saber sobre Vale Tudo, multiplicando um ganho que hoje é chave nos cálculos da emissora para emplacar o remake: a alta repercussão nas redes. No que depender de César e Maria de Fátima — ops, Cauã e Bella — esse combustível, pelo jeito, não há de faltar.
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