O recorde histórico já quebrado pela série ‘Xógum’ no Emmy 2024
Do estúdio FX, braço da Disney, a trama sobre o Japão já levou vários prêmios técnicos antes mesmo da cerimônia oficial no próximo domingo, 15
Uma semana antes da cerimônia oficial do Emmy 2024, que acontecerá no próximo domingo, 15, a premiação já entregou as estatuetas das categorias técnicas e criativas no último final de semana. Recordista de indicações da edição com 25 nomeações, Xógum: A Gloriosa Saga do Japão já faturou 14 troféus nos dias 7 e 8, sábado e domingo, respectivamente. A produção do estúdio FX, um dos braços da Disney, foi consagrada em categorias como ator convidado, figurinos e maquiagem. Com isso, a série estrelada por Hiroyuki Sanada já é a maior vencedora do Emmy em uma única edição, superando a minissérie John Adams (que havia levado 13 prêmios em 2008) e a série Game of Thrones (que conquistara 12 estatuetas em 2015, 2016 e 2019) — ambas da HBO. Como os vencedores das principais categorias serão reveladas só no domingo, Xógum — favorita em várias categorias, como melhor série dramática e ator — deve ampliar a vantagem de seu recorde. O 76º Primetime Emmy Awards acontece no domingo, 15 de setembro, a partir das 21h no horário de Brasília.
Xógum venceu o prêmio de melhor ator convidado em série dramática para o ator Nestor Carbonell, intérprete de Vasco Rodrigues, além de elenco, cinematografia, figurino, penteados, dois prêmios de maquiagem, design de título, edição de imagem, design de produção, edição de som, mixagem de som, performance de dublês e efeitos visuais.
O Urso, também do FX e da Disney, recebeu cinco troféus nas categorias de elenco, edição de imagem, mixagem de som e atores convidados Jon Bernthal (Michael) e Jamie Lee Curtis (Donna).
Do que fala Xógum: A Gloriosa Saga do Japão
Xógum: A Gloriosa Saga do Japão narra uma dramática guerra de territórios em um período do Japão feudal. A trama recebeu 25 indicações, incluindo série limitada, melhor série de drama, melhor ator e atriz em série dramática — para Hiroyuki Sanada, que está sublime na produção e deve levar o troféu, e Anna Sawai, que receberam suas primeiras nomeações na história –, além de melhor ator coadjuvante em série dramática (Tadanobu Asano e Takehiro Hira), roteiro e direção (Frederick E.O. Toye).
A série é uma adaptação do romance best-seller de James Clavell, que narra a jornada do marinheiro inglês Jack Blackthrone (interpretado por Cosmo Jarvis), que naufraga no Japão e cai no centro de uma grande disputa de territórios entre famílias japonesas, com direito a vários conflitos políticos e armamentistas e uma verdadeira guerra civil. Para sobreviver, ele é usado como um peão pelo líder Lord Toranaga (Hiroyuki Sanada), que tenta chegar ao topo da cadeia governante, ou Xógum.
De uma safra de produções de Hollywood que exploram melhor o Oriente, a trama explora o universo de samurais e gueixas no século XVII, abordando como o país era dividido politica e religiosamente em uma época de grandes navegações e disputa territorial. Xógum ainda tem como trunfo a correção histórica em relação à adaptação lançada em 1980, que contava com Richard Chamberlain e Toshirô Mifune e abusava dos estereótipos e da cafonice. A produção da FX traz um retrato mais fiel do período feudal dos séculos XVI e XVII. A abordagem do drama com Hiroyuki Sanada e Cosmo Jarvis é tão respeitosa que arrancou elogios até da imprensa japonesa.
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