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Leticia Colin fala a VEJA sobre ‘Os Outros 2’: ‘Vivemos na intolerância’

Atriz interpreta Raquel na segunda temporada da série do Globoplay criada por Lucas Paraizo e dirigida por Luísa Lima

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 ago 2024, 09h00

No ar na segunda temporada de Os Outros, série do Globoplay, Leticia Colin falou dos desafios de entrar na produção criada por Lucas Paraizo e dirigida por Luísa Lima. A trama mantém a característica que fez dela uma das séries nacionais mais vibrantes de 2023: é um retrato instrutivo dos dilemas e contradições da classe média. Um segmento que, emparedado entre as mazelas sociais e a radicalização que extravasou da política para todas as esferas da vida, aqui descamba para atitudes perigosas — como bem sabe Cibele (Adriana Esteves), ex-vizinha do vereador miliciano com quem ele colidira na primeira temporada de Os Outros e que agora busca respostas sobre o paradeiro de seu filho, Marcinho (Antonio Haddad), desaparecido desde que foi sequestrado pelo bandido.

Na segunda fase da série, os conflitos ganham tons ainda mais dramáticos e derivam em pesadelo psicológico. Confira a entrevista com Leticia Colin:

Quando você foi convidada para entrar no elenco de Os Outros, o que a fez aceitar? A chance de trabalhar com o Lucas pela primeira vez, e com a Luísa novamente, porque nós fizemos Onde Está Meu Coração. E eu já tinha assistido Os Outros. sou muito fã da série, é uma coisa maravilhosa e que também subiu o sarrafo de como apresentar essa segunda temporada. Além da chance de fazer a Raquel, uma personagem que precisava ter a ver com a linguagem desse universo, mas que também trouxesse uma novidade, encantamento para esse público que estava muito ansioso para ver a segunda temporada como eu também estava. Eu acho esse tema eu acho muito pertinente. A gente vive essa essa intolerância que a gente vê muito na polarização, divisão social desse país muito rachado que é o Brasil. A gente vê as elites com a concentração de renda e o quanto isso é danoso.

Como é a Raquel? Ela é muito complexa, é a personagem mais desafiadora da minha carreira. E eu fico muito feliz de ver quantas possibilidades do ser humano. Quem se dedicar à série até o fim vai se deliciar não só com ela, mas com todos os personagens, que são falhos, dúbios, bons e maus, e interagem ali na história de um jeito sempre imprevisível. A Raquel é uma corretora que quer ser mãe, e ela briga por espaços dentro da série, que parte justamente por causa de uma árvore que está dentro do condomínio, no meio das duas casas dos personagens, e mostra como todos os personagens têm essa necessidade de definir aquilo que é seu, um sentimento até constituinte. É por isso que temos tantas guerras, tudo é uma briga territorial, por poder, para ver quem tem mais dinheiro.

A personagem é muito religiosa e fala bastante do perdão. Qual é o objetivo da série com esse tema? Nós amadurecemos esse tema, porque a gente escuta essa demanda humana do perdão desde sempre. Por mais que você não seja católico ou cristão, o perdão é presente na sociedade, nas instituições, na educação, nas estruturas sociais, mas e aí? E quando você é confrontado com uma situação limite da sua vida. É possível esse conceito do perdão, viver ele inteiramente, quando você é colocado à prova de uma coisa extrema? E isso te leva a repensar sua vida inteira. E o Lucas escreve de uma forma que não minimiza a capacidade do espectador, a religião é só um tempero na personagem, que é corretora e deseja ser mãe. Ela tem um marido perfeito, uma casa linda, amigos, vizinhos que praticam da mesma fé que ela, mas acho que a Raquel serve para mostrar que qualquer pessoa também pode chegar a extremos. E nós precisamos de personagens reais assim.

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