Jesus de The Chosen sobre gravação da última ceia: ‘Foram muitas emoções’
O ator Jonathan Roumie, de 50 anos, fala sobre os desafios da série

A quinta temporada entra em momentos marcantes da trajetória de Jesus, como a expulsão dos vendilhões do templo e a última ceia. Como foi retratar essas cenas tão conhecidas? Ao interpretar Jesus, são poucos os momentos em que é possível explorar a gama de emoções de sua humanidade. Essas cenas ampliaram a possibilidade de fazer isso. No templo, ele se revolta com a injustiça e a hipocrisia, dando vazão ao desejo dos fariseus de matá-lo.
E como foi o clima nos bastidores da última ceia? Foi solene e sóbrio, emotivo e caloroso — e, claro, triste, pois é a última reunião daquele grupo. Foram muitas emoções no set, mas acho que a reverência dominou. Como católico, considero a Eucaristia, que é simbolizada pela ceia, uma tradição importantíssima da minha fé.
Como compara essa temporada com a primeira? Dá para ver o dinheiro na tela. Todos os dólares que levantamos sem um grande estúdio por trás. A quinta temporada foi de longe a maior e a mais complicada. A cena do templo foi gigantesca. Com centenas de figurantes, crianças e animais de verdade, todos ali no cenário.
Sua carreira conta com diversos títulos do entretenimento cristão. Como analisa a evolução desse gênero? Queremos que o cinema cristão seja visto apenas como cinema. São histórias de alto calibre, são dramas históricos. Eu diria que The Chosen é um drama histórico sobre um movimento espiritual que mudou o mundo para sempre. Espero no futuro ser visto apenas como um ator, não como um ator cristão.
A sexta temporada terá a cena da crucificação. Está preparado? Não muito. Dentro de mim, gostaria de não ter que fazer essa cena — mas, claro, vou fazer. Com certeza será desafiador, física e emocionalmente. Como ator, será o ápice.
Publicado em VEJA de 17 de abril de 2025, edição nº 2940