“Hesitei em voltar para a Marvel”, diz Oscar Isaac, de ‘Cavaleiro da Lua’
O astro de 43 anos fala de seu herói na série e dos papéis marcantes em 'Duna' e 'Star Wars'
Seu personagem em Cavaleiro da Lua tem um transtorno de identidade. É importante mostrar a vulnerabilidade de um herói? Sem dúvida. O que me interessa em um personagem como Super-Homem, por exemplo, é o Clark Kent. Ele soca coisas e solta lasers, mas é o cara de quem pegam no pé no escritório. O modo como essas coisas se complementam e se contradizem me atrai. Vulnerabilidade gera identificação.
Você já esteve na Marvel em X-Men como o vilão Apocalipse. O que o fez retornar? Hesitei em voltar. Cresci colecionando quadrinhos de X-Men. Meu lado fã me levou até o filme, mas não funcionou muito bem. Não queria estar nessa situação de novo, em que a ideia é excitante, mas o desenvolvimento é complicado e você fica à mercê dele. Mas percebi que era uma oportunidade de fazer um personagem incomum e um trabalho colaborativo interessante.
Você se divide entre projetos populares, como Star Wars, e dramas profundos, como Cenas de um Casamento, da HBO. Como é transitar entre eles? Gosto de trabalhos que me deixam ansioso pelo despertador de manhã. O gênero importa menos do que a conexão emocional. Aprecio personagens isolados pela própria existência. É o caso de Leto em Duna, do marido de Cenas de um Casamento e do Grant de Cavaleiro da Lua. Ainda tenho essa ideia antiga de uma arte pretensiosa, de contar e viver histórias que ajudem as pessoas a lidar com problemas da vida.
Fará outras produções do MCU? É incrível como o universo Marvel se expande, mas não posso falar sobre isso. Não há nada engatilhado, e não sei se continuaremos. Mas é possível. Eu amo esse personagem mais do que achei que amaria.
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