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Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming

De ‘Succession’ a ‘Os Outros’: as 10 melhores séries de 2023 – até agora

Em meio à avalanche de conteúdos de Netflix, Globoplay, HBO Max e Apple TV nos últimos seis meses, veja quais tramas valem uma boa maratona

Por Gabriela Caputo Atualizado em 14 Maio 2024, 00h14 - Publicado em 18 jul 2023, 10h00

É difícil acompanhar a quantidade massiva de séries que chegam à TV e ao streaming mensalmente. O tempo do espectador, ao contrário do volume de produções, é escasso. E valioso. Por isso, passada a primeira metade de 2023, VEJA selecionou as dez melhores séries do ano até agora. Vale uma espiada — ou, melhor, uma maratona completa. Confira:

Succession (HBO Max)

Não tem como negar: Succession conquistou seu lugar de direito no hall das melhores séries de todos os tempos. Finalizada em maio após quatro temporadas, a trama acompanhou a complicada família de ricaços Roy, proprietária de um poderoso conglomerado de mídia e entretenimento, e toda uma coleção de sabotagens e manipulações entre os herdeiros de Logan (Brian Cox). É o roteiro primoroso, interpretado por um elenco sublime, que garante a empatia mesmo pelos piores dos personagens. A última temporada fechou o drama dos Roy com chave de ouro — não à toa, a produção da HBO soma 27 indicações ao Emmy, prêmio mais importante da TV americana.

The Last of Us (HBO Max)

Considerada um marco das adaptações de videogames para as telas — a melhor de uma lista de produções sofríveis –, The Last of Us é uma narrativa apocalíptica sobre humanos vertidos em zumbis devido à mutação de um fungo. O trunfo da série — mais um empenho bem-sucedido da HBO — está no texto que questiona as noções da moral e da civilização em momentos de crise. Está, também, na excelente química entre Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsey), dois desafortunados que acabam desenvolvendo uma sensível relação de pai e filha, e, de quebra, arrancam deliciosas risadas — e muitas lágrimas — dos telespectadores.

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Treta (Netflix)

https://www.youtube.com/watch?v=0wI9TG1xA3o

Na onda vigorosa de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, Hollywood vem experienciando uma invasão asiática, da qual a minissérie Treta, também produzida pela badalada A24, é ótima representante. Steve Yeun e Ali Wong interpretam, respectivamente, descendentes de coreanos e chineses que enfrentam o peso de dar orgulho à família imigrante enquanto tentam triunfar com um modo de vida tipicamente americano. A trama desponta com uma briga de trânsito entre os dois desconhecidos, o que acaba desencadeando um intenso confronto entre eles. Um drama caótico, trajado com humor mordaz — e grandes interpretações.

Ted Lasso (Apple TV+)

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Ano após ano, Ted Lasso se firma como uma das melhores comédias para ficar de “coração quentinho”. A série acompanha os percalços de um técnico de futebol que sai do interior dos Estados Unidos para comandar um time na Inglaterra. Na terceira temporada — que talvez seja a última, o que ainda não foi confirmado –, o personagem-título, vivido por Jason Sudeikis, continua enfrentando as dificuldades com o poder da positividade. Em campo, ele tem de lidar com um novo rival, seu ex-pupilo Nathan (Nick Mohammed). Fora do gramado, o desafio do treinador é a saudade que sente do filho pequeno, enquanto trata suas crises de ansiedade. Em um universo cheio de testosterona, Ted Lasso é antídoto de alta qualidade para a masculinidade tóxica.

Rainha Charlotte (Netflix)

Incorporando o melhor do charmoso universo de Bridgerton, sua minissérie derivada é uma emocionante jornada de amor e resiliência. Preenchendo as lacunas da história, Shonda Rhimes e Julia Quinn imaginam como teria sido a vida de Sophie Charlotte, monarca que começou a reinar a Inglaterra aos 17 anos, quando se casou com o Rei George III. O enrendo acompanha como os pombinhos foram de estranhos para parceiros apaixonados, ainda que sob o pano melancólico das dificuldades — sobretudo os distúrbios mentais enfrentados pelo soberano, que ficou eternizado na vida real como o “rei louco”. A trama ainda dá vazão aos indícios sobre uma possível ascendência africana de Charlotte. Destaque para a atriz India Amarteifio, que brilha no papel da rainha na juventude.

A Diplomata (Netflix)

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Com o protagonismo distinto de Keri Russell, A Diplomata resgata com frescor as tramas políticas que na década passada foram carro-chefe da Netflix. Aqui, Kate Wyler é uma diplomata de longa carreira ligada às causas humanitárias. Durante uma crise na costa iraniana, ela é enviada ao Reino Unido para assumir o posto de embaixadora americana, com a tarefa de evitar uma guerra. Os diálogos inteligentes e o dinamismo do enredo tornam a série uma das gratas surpresas da plataforma neste ano.

Os Outros (Globoplay)

Representante nacional da lista, a produção do Globoplay virou hit merecido. Ambientada em um condomínio de alto padrão na Barra da Tijuca, a trama faz um retrato afiado de uma parcela da classe média carioca, dividida entre o desejo de ascensão social e uma realidade marcada por amargura e tédio. A suposta calmaria vira um banquete fervente quando uma briga entre adolescentes deflagra uma guerra vingativa entre seus pais, refletindo uma espécie de colapso individual e coletivo. Escrita pelo afiado Lucas Paraizo, autor de Sob Pressão, e dirigido pela talentosa Luísa Lima, que também comandou Onde Está Meu Coração, a série é uma crítica social de primeira linha.

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A Vida Mentirosa dos Adultos (Netflix)

A italiana Elena Ferrante é célebre pelas narrativas que desvelam as complexidades da experiência feminina, dentre elas a angústia em torno do amadurecimento. É essa a temática que perpassa o livro que originou a minissérie homônima na Netflix. À frente da história está Giovanna (Giordana Marengo), que uma vez comparada à tia Vittoria (Valeria Golino), uma mulher demonizada pela família, resolve sair de sua confortável bolha de classe média alta para conhecer a parente, que vive do lado humilde da cidade de Nápoles. A adaptação é primorosa, e destaca o que há de melhor nos trabalhos de Ferrante.

Black Mirror (Netflix)

https://www.youtube.com/watch?v=nYUS1cOiaJQ

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Após uma quinta temporada francamente desastrosa em 2019, o fenômeno inglês retornou de seu hiato recuperando as qualidades que uma vez conquistaram os fãs. Na nova leva de episódios, que conta com um usual elenco estrelado — a exemplo de Salma Hayek e Aaron Paul –, a antologia volta a desnudar os perigos da tecnologia e das redes que a cercam. Em Loch Henry, melhor episódio da temporada, o roteiro extrai do fascínio pelo gênero do true crime uma crítica sobre as controvérsias de transformar crimes que destruíram vidas reais em entretenimento. Black Mirror está de volta — ainda bem.

The Righteous Gemstones (HBO Max)

Mais uma produção da HBO que retrata com sagacidade um império familiar baseado em um complexo midiático. The Righteous Gemstones, porém, se volta à sátira específica do “televangelismo” americano, centrando a crítica nos líderes religiosos corrompidos pelo dinheiro e pela fama. Na terceira temporada, o pastor Eli Gemstone (John Goodman) finalmente se aposenta, e deve passar o comando para seus três filhos para lá de problemáticos, que tentam manter o sucesso da herança valiosa. Sem ridicularizar a fé alheia, a trama diverte com humor ácido e interpretações certeiras.

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