A mudança que a Globo precisou fazer às pressas com a morte do papa
Pontífice Francisco foi declarado morto nesta segunda-feira, 21

O anúncio da morte do papa Francisco nesta segunda-feira, 21, fez a Globo alterar às pressas sua programação do dia. Para fazer a cobertura jornalística completa da partida do pontífice nascido Jorge Mario Bergoglio, a emissora cancelou a edição do Globo Esporte do dia, realocando as matérias de conteúdo esportivo para os telejornais, além de optar por não exibir a reprise da novela História de Amor na faixa da Edição Especial. O Jornal Hoje também foi ampliado para dar atualizações sobre os próximos passos dos rituais do Vaticano.
O papa Francisco faleceu aos 88 anos, em Roma, às 07h35, conforme informou o Vaticano. O pontífice, aclamado por trazer um sopro de renovação à Igreja Católica, lutou com uma série de problemas de saúde nos últimos anos, especialmente nos últimos dois meses, acometido de uma pneumonia dupla. Depois de 38 dias internado no Hospital Gemelli, em Roma, ele havia voltado ao Vaticado havia 20 dias. Ontem, domingo de Páscoa, apareceu de surpresa na Praça São Pedro. O cansaço lhe venceu.
Líder da Igreja por 12 anos, Francisco remodelou drasticamente o corpo eleitoral do Vaticano, tendo nomeado 108 dos 136 homens atualmente elegíveis para a votação, então parece improvável que seus indicados escolham um conservador linha-dura — embora nada seja impossível. Primeiro papa nascido fora da Europa, ele nomeou cardeais de diversos lugares do mundo, aumentando a diversidade geográfica do grupo. Por isso mesmo, o próximo conclave será mais global do que nunca, e alguns estudiosos do Vaticano apontam a chance de que, assim como acontece no filme, o novo papa venha de lugares até então escanteados pelo Vaticano, como da Ásia ou da África, de onde vem alguns nomes que despontam como favoritos ao papado.
Lançado em janeiro deste ano, o filme Conclave, de Edward Berger, foi um dos longas aclamados pelo Oscar ao vencer a categoria de melhor roteiro adaptado. Baseado no livro homônimo de Robert Harris, a trama volta suas câmeras para dentro da Capela Sistina, onde cardeais de vários lugares do mundo se reúnem para eleger o novo papa. Cercado de mistérios, o conclave fictício foi reconstituído com base em pesquisas históricas, levando para as telas cenas que retratam a votação a portas fechadas, as negociações entre grupos de visões diversas e, enfim, a liberação da fumaça branca que anuncia a escolha do próximo líder máximo da Igreja Católica Apostólica Romana. Com a morte de Francisco, o filme voltou à tona, e revela discussões que podem se repetir nos próximos dias — dessa vez na vida real.
Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:
- Tela Plana para novidades da TV e do streaming
- O Som e a Fúria sobre artistas e lançamentos musicais
- Em Cartaz traz dicas de filmes no cinema e no streaming
- Livros para notícias sobre literatura e mercado editorial