A grana que levou Harry e Meghan a expor vida pessoal para a Netflix
Produção faz parte do acordo milionário da Netflix com a Archewell Production, fundada pelo casal logo após se afastarem da realeza britânica
Os três primeiros episódio da série documental Harry e Meghan chegaram à Netflix nessa quinta-feira, 8, consolidando a parceria da plataforma com a Archewell Production, produtora fundada pelo príncipe Harry e por sua esposa, Meghan Markle — um acordo com altos e baixos e que ainda vai render, e muito, para ambas as partes.
Firmado em 2020, meses depois de Harry deixar a família real, o contrato com a Netflix foi estimado em 100 milhões de dólares (cerca de meio bilhão de reais). O pacote de produções incluiria documentários, programas infantis, filmes e atrações variadas. Mas nem tudo saiu como o planejado. Em maio, a série infantil Pearl, criada por Meghan, foi cancelada em meio aos cortes de custos da plataforma. A produção documental focada no casal também chegou a ser ameaçada: em novembro, o jornal inglês The Sun alegou que a equipe de Harry queria adiar a produção porque o casal teria requisitado “cortes extensos” para amenizar o programa. Pouco antes, a mídia internacional noticiou que a série seria adiada para 2023 por causa das críticas direcionadas à The Crown após a morte da Rainha Elizabeth II (1926-2022), em outubro.
Os boatos, porém, não se confirmaram: além dos primeiros episódios lançados hoje, a produção irá liberar a segunda parte da produção já na próxima quinta-feira, 15. A primeira parte da produção foca na relação do casal. O príncipe e sua esposa também revelaram que há um “preconceito inconsciente” dentro da família real, defendendo sua decisão de deixar a instituição. As revelações da série, junto com a biografia de Harry, que será lançada em janeiro, ameaçam distanciar ainda mais o casal do Palácio de Buckingham.
Até o momento, a família real não se pronunciou sobre o documentário. Porém, o efeito da produção já irritou membros do parlamento britânico. O político conservador Bob Seely afirmou à agência de notícia PA que pretende propor uma medida para remover totalmente os títulos reais que Harry e Meghan e os filhos possuem. “Há uma questão política aqui”, disse ele. “Para além de menosprezar a própria família e monetizar um drama pessoal para o consumo público, ele está atacando instituições importantes do país.”