5 filmes para rir na Netflix — e esquecer o coronavírus
De 'As Branquelas' a 'Um Príncipe em Nova York', confira produções disponíveis no streaming que garantem o alto astral em tempos de quarentena
Não se fala de outra coisa desde que o coronavírus desembarcou em solo brasileiro? Para fugir do bombardeio de notícias sobre a pandemia, vale a pena mergulhar em uma comédia na Netflix entre uma lavada e outra de mãos.
Confira abaixo as dicas de VEJA para se distrair em casa durante a quarentena :
Megarromântico
Natalie (Rebel Wilson) nunca acreditou no amor, muito menos nos bordões ensaiados de comédias românticas, e sempre teve como prioridade a carreira de arquiteta. Daí a ironia do destino que aguarda a protagonista. Durante um assalto, ela bate a cabeça – e, ao despertar, vê sua vida transformada justamente em uma romance besteirol que enfileira todos os clichês piegas do gênero. Arquiteta respeitada, cobiçada por um galã rico (Liam Hemsworth) e habitante de uma Nova York que cheira a lavanda e em que até os pássaros voam alinhados em formato de coração, Natalie procura voltar à normalidade. Com debochadas sagazes aos longas convencionais do gênero, Megarromântico (2019) é a pedida perfeita para quem quer dar boas risadas com uma comédia romântica sem culpa – e sem precisar esconder a carteirinha de cinéfilo.
As Branquelas
Besteirol rasgado, As Branquelas (2004) conserva intacta sua graça lá se vão mais de quinze anos desde seu lançamento. O filme segue dois irmãos que são agentes do FBI, Marcus (Marlon Wayans) e Kevin Copeland (Shawn Wayans). Punidos por terem evitado a prisão de bandidos em um caso de apreensão de drogas, eles são forçados a escoltar duas socialites ameaçadas de sequestro, Brittany (Maitland Ward) e Tiffany Wilson (Anne Dudek), do aeroporto de Nova York a um evento pelo qual elas esperaram por meses. No trajeto, porém, um acidente de carro arranha o nariz de uma irmã e corta o lábio da outra — motivos suficientes para que ambas se recusassem a ir ao evento e para que a dupla dinâmica do FBI precisasse assumir as identidades das branquelas para manter o emprego.
A Mentira
Olive Penderghast (Emma Stone), uma garota certinha e nada popular entre os colegas do ensino médio, decide apimentar um fim de semana entediante e mente para a melhor amiga, Rhiannon (Alyson Michalka), dizendo que perdeu sua virgindade. A mentira é logo espalhada pela religiosa Marianne (Amanda Bynes), e toma grandes proporções quando Brandon (Dan Byrd) pede para que Olive acoberte sua homossexualidade e finja ter relações sexuais com ele em uma festa. A partir daí, enquanto Olive é vista por toda a escola como depravada, mais e mais garotos recorrem a ela para também conquistarem o título de garanhões a troco de cupons, dinheiro e presentes. Para além de um roteiro que foge do beabá das comédias românticas adolescentes, o destaque de A Mentira (2010) vai para a cativante e engraçadíssima atuação de Emma Stone, que já brilhava muito antes do sucesso La La Land (2016).
Debi & Lóide – Dois Idiotas em Apuros
Lançado em 1995, Debi & Lóide – Dois Idiotas em Apuros é um clássico das comédias besteirol. Com Jim Carrey vivendo Lloyd Christmas e Jeff Daniels na pele de Debi Dunne, o filme traz a história de dois amigos de inteligência questionável que, ao tentarem devolver uma maleta com uma quantia enorme de dinheiro a uma passageira que levaram ao aeroporto, são perseguidos pela polícia e por assassinos profissionais. É uma pedida infalível para aqueles que adoram uma boa e velha sessão nostalgia.
A Balada de Buster Scruggs
O filme de 2018 é uma antologia de seis contos ambientados no Velho Oeste, narrados pelos irmãos diretores Joel e Ethan Coen. De humor ácido, o longa ora homenageia, ora ironiza as diversas facetas do mundo do Western, em uma produção que conta com grandes nomes do cinema, como James Franco, Liam Neeson e Brendan Gleeson. Ideal para quem é fã tanto do faroeste quanto de comédias inteligentes.
Um Príncipe em Nova York
Clássico da Sessão da Tarde, o filme de 1988 conta a história do príncipe Akeem Joffer (Eddie Murphy) – que, de tão enfastiado da vida fácil de luxos e riquezas em Zamunda, seu fictício país africano, decide viajar aos Estados Unidos com seu assessor, Semmi (Arsenio Hall), para procurar independência e uma mulher que o ame para além de seu título de nobreza. Um Príncipe em Nova York é um show de humor de Eddie Murphy. Trinta anos depois do lançamento, continua a provocar boas gargalhadas.
Birdman (Ou A Inesperada Virtude Da Ignorância)
Uma pedida para quem gosta de humor com uma pitada de drama – e de roteiros ambiciosos. Quando o astro Riggan Thomson (Michael Keaton) se recusa a continuar interpretando o super-herói Birdman, ou “Homem-Pássaro”, no quarto filme da franquia, não imaginava que sua carreira entraria em decadência. Com o ego machucado pela perda de popularidade e, por consequência, da própria identidade, o ator decide se relançar no mundo do showbiz como diretor, roteirista e estrela de uma peça da Broadway, adaptada de um texto já consagrado entre os gigantes do teatro. Em meio a atores medíocres, um agente difícil de lidar e uma insistente voz em sua mente, Riggan Thomson e seu humor ácido explodem em cena com brilho – devidamente reconhecido com a estatueta de Melhor Filme no Oscar de 2015.