3 polêmicas causadas pelo doc ‘Pra Sempre Paquitas’, do Globoplay
Série reúne depoimentos de mulheres que trabalharam como assistentes de palco de Xuxa entre as décadas de 1980 e 2000
Disponível no Globoplay, o ruidoso documentário Pra Sempre Paquitas relembra a trajetória das assistentes de palco de Xuxa Meneghel através dos relatos de dezenas de mulheres que, na infância e na adolescência, trabalharam ao lado da apresentadora. Ao longo de cinco episódios, a produção expõe a rivalidade e o drama vividos pelas paquitas nos bastidores da TV, além de reunir diversas denúncias de assédio moral contra Marlene Mattos, ex-empresária de Xuxa. Confira três polêmicas causadas pelo documentário:
Omissão de Xuxa sobre Marlene Mattos
A ex-paquita Bárbara Borges foi às redes sociais na noite de quinta-feira, 19, para compartilhar suas impressões sobre a série documental. A artista confessou que teve uma crise de choro no final do quarto episódio, que trata da demissão em massa da primeira geração de paquitas após o lançamento do livro Sonhos de Paquita: Nos bastidores do Xou (1996), de João Henrique Schiller, uma coletânea de desabafos das jovens dançarinas. Na obra, as então dançarinas de Xuxa — com idades entre 9 e 14 anos — relataram que eram chamadas de “putinhas” por Marlene Mattos e obrigadas a ficarem nuas na frente da empresária. “Senti muito a dor das paquitas, de todas as meninas que eu vi na TV e eram referência pra mim, que eram tudo o que eu queria ser”, escreveu Bárbara, que fez parte do grupo de assistentes de palco de Xuxa entre 1995 e 1999. Ela também teceu duras críticas contra a apresentadora: “Chegamos num momento em que Marlene fez seus ajustes para melhorar seu comportamento e Xuxa seguiu na sua omissão, cegueira e egocentrismo”, disse.
Ex-paquita excluída da pré-estreia do documentário
Apesar de ter participado das gravações do documentário, a ex-dançarina Andréa Sorvetão não foi convidada para a pré-estreia de Pra Sempre Paquitas, que aconteceu em um shopping na capital fluminense no dia 10 de setembro. Ela também ficou de fora do Altas Horas exibido em 7 de setembro, quando o programa de Serginho Groisman fez uma homenagem às paquitas, mencionando o documentário. A artista e Xuxa são rompidas por divergências de ideologia política, já que Andréa apoiou Jair Bolsonaro nas últimas eleições e a apresentadora discorda dos pensamentos do político.
Pouco tempo de tela para as últimas duas gerações de paquitas
A maior parte do documentário é dedicada às histórias de paquitas do Xou da Xuxa, programa infantil exibido pela Rede Globo entre 1986 e 1992. Após o fim da atração, no entanto, Xuxa contratou uma nova leva de assistentes para o programa semanal Planeta Xuxa, que ficaram conhecidas como Paquitas Nova Geração. Posteriormente, houve também um grupo de paquitas chamado Geração 2000, o último a acompanhar a apresentadora. O documentário juntou os relatos de dançarinas das últimas duas gerações em um único episódio, e a falta de espaço gerou insatisfação entre algumas ex-paquitas. A jornalista Thalita Ribeiro, que integrou a Geração 2000, publicou uma carta aberta em sua conta no Instagram exaltando suas antigas colegas de trabalho e aproveitou para ironizar o pouco tempo de tela que elas receberam. “Ao longo de quatro anos, vivemos juntas um sonho incrível e transformador. Foram tantos momentos lindos, e outros nem tanto, mas inesquecíveis. Não vou ficar aqui descrevendo tudo, pois se não coube em um documentário, o que dirá em um post, não é mesmo?”, escreveu.
Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:
- Tela Plana para novidades da TV e do streaming
- O Som e a Fúria sobre artistas e lançamentos musicais
- Em Cartaz traz dicas de filmes no cinema e no streaming
- Livros para notícias sobre literatura e mercado editorial