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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
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Prometida para 2014, revitalização do Cais Mauá tem data marcada

Obra no cartão-postal de Porto Alegre vai gerar 3.000 empregos na construção civil nos próximos dois anos

Por Paula Sperb
Atualizado em 4 jun 2024, 16h50 - Publicado em 1 mar 2018, 15h21

Prometida para a Copa de 2014, a revitalização do Cais Mauá, cartão-postal de Porto Alegre à beira do rio Guaíba, iniciará na próxima semana, quatro anos depois do prazo. O anúncio foi feito em frente aos armazéns históricos do cais na manhã desta quinta-feira em cerimônia de ordem de início das obras. O consórcio prometeu a conclusão da primeira etapa das obras até o final de 2019.

A revitalização começará pela reforma de onze armazéns tombados pelo patrimônio onde funcionarão restaurantes, lojas e espaços culturais. A área total de 181.000 m² contará com dez praças, parque infantil e 11.000 m² de espaço verde para uso público. De autoria do arquiteto Jaime Lerner, ex-governador do Paraná, o projeto lembra o Puerto Madero, de Buenos Aires. Não há investimento público na obra, que custará 500 milhões de reais. O valor é parte de um fundo de investidores, agora administrado pela empresa Reag. A licitação ocorreu ainda em 2010, quando Yeda Crusius (PSDB) era governadora do Rio Grande do Sul.

O atraso para o início das obras marcou os discursos do governador José Ivo Sartori (MDB) e do prefeito da capital gaúcha, Nelson Marchezan Jr (PSDB). Ambos criticaram movimentos que questionam o impacto da obra na cidade. Marchezan falou que um “pequeno grupo ideológico” prejudicou a revitalização. Sartori mencionou “ranços que não levam a nada” e “briguinhas ideológicas”. Entretanto, cabe à prefeitura e ao estado emitirem as licenças e autorizações necessárias, que levaram anos para serem adequadas.

“Imagino que os percalços que tivemos tiveram suas razões dentro dos órgãos específicos. Naturalmente que se não tivemos as autorizações devidas no tempo certo é porque não foram dadas pelos órgãos competentes”, disse Vicente Criscio, presidente do Consórcio, a VEJA.

A obra deve gerar 3.000 empregos na construção civil nos próximos dois anos. Quando a revitalização estiver completa, novos 28.000 postos de empregos diretos e indiretos devem ser criados segundo Sérgio Lima, diretor de operações do Consórcio Cais Mauá.

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A segunda e terceiras etapas da revitalização ainda não possuem as licenças necessárias para o início das obras. A segunda etapa da revitalização, na área das docas, vai contar com a reforma do prédio de 1935 onde funcionava o antigo frigorífico do porto, local atualmente abandonado. O espaço servirá para eventos, convenções e atividades culturais. Nessa fase também será revitalizada a Praça Edgar Schneider, de mais de 4.000 m², que hoje está fechada ao público. Como contrapartida, serão erguidas duas torres comerciais no local.

Por sua vez, a terceira fase do projeto, irá contar com um shopping ao lado da Usina do Gasômetro. O centro comercial é a etapa que gera mais críticas por parte dos movimentos contrários ao projeto porque irá modificar a paisagem e contará com um estacionamento para milhares de carros, o que pode impactar o trânsito. A área comercial fará a ligação entre o cais e a orla do Guaíba, que já está em obras.

 

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