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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
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Namorado vira réu por matar modelo gaúcha

Segundo promotoria, laudo médico mostra que Isadora Viana Costa, de 22 anos, foi vítima de "múltiplos chutes, joelhadas e socos"

Por Paula Sperb
Atualizado em 8 jul 2018, 19h41 - Publicado em 6 jul 2018, 09h13

O Ministério Público de Santa Catarina denunciou o oficial de cartório Paulo Odilon Xisto Filho, de 36 anos, por matar a namorada gaúcha, a modelo Isadora Viana da Costa, de 22 anos, natural de Santa Maria. Agora, o homem é réu pelo crime, por porte ilegal de arma e também por ter modificado a cena do homicídio, considerado fraude processual.

O feminicídio ocorreu em 8 de maio deste ano. Isadora namorava com o oficial de cartório desde 22 de abril e viajou a Imbituba, em Santa Catarina, após ser convidada para visita-lo. Segundo a promotora Sandra Goulart Giesta da Silva, autora da denúncia, Isadora contou para amigas que descobriu que Filho usava drogas e se tornava agressivo e descontrolado.

De acordo com a promotoria, na noite do crime, o casal ingeriu álcool e o homem usou drogas. De madrugada, a modelo acreditou que Filho estava passando mal porque espumava pela boca. Por isso, chamou a irmã do namorado para socorrê-lo. Porém, ele escondia da família que era usuário de drogas. Quando a irmã e o cunhado deixaram o apartamento, ele teve agrediu Isadora.

“O médico legista concluiu que as lesões traumáticas encontradas no abdômen da vítima, como laceração de vasos abdominais e laceração hepática, foram decorrentes de ação mecânica de alto impacto contra o abdômen e provavelmente repetitiva, compatíveis com múltiplos chutes, joelhadas e socos”, afirmou a promotora na ação.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Filho, porém não obteve retorno até o fechamento da matéria.

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Praticante de artes marciais, o homem chamou os bombeiros após matar a namorada e não acompanhou a jovem, que não tinha familiares e conhecidos na cidade. Ele só foi ao hospital após modificar a cena do crime com ajuda da amiga , conforme a denúncia.

Ainda segundo a promotoria, a polícia encontrou na residência do réu, dias depois do crime, um prato e três canudos com vestígios de cocaína, duas toalhas, duas camisetas e quatro pedaços de pano com vestígios de sangue – dois deles estavam lavados e dois estavam de molho em um balde com água.

Conforme a denúncia da promotora, o homem tinha uma espingarda calibre 12, munições, uma pistola e uma mira laser para arma de fogo, todos irregulares.

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Em junho,o juiz Welton Rubenich, da 2ª Vara da Comarca de Imbituba, não negou o pedido de prisão preventiva feito pelo delegado Raphael Rampinelli.

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