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Com terço amarelo, mãe de Tite vai ao jogo da seleção

Ivone Bachi, 81, vai de caravana à Arena do Grêmio, onde o Brasil enfrenta o Equador

Por Paula Sperb
Atualizado em 16 ago 2021, 18h48 - Publicado em 31 ago 2017, 14h57

Aos 81 anos, Ivone Bachi, mãe do técnico da seleção brasileira, Tite, vai deixar de lado nesta quinta-feira o hábito de escutar os jogos do filho no seu rádio a pilha, em sua cama, em Caxias do Sul, onde mora. Em vez disso, ela se juntará à caravana da família para assistir em Porto Alegre, na Arena do Grêmio, à partida entre Brasil e Equador, válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.

Ademir Bachi, o irmão mais novo do técnico, contou a VEJA que dezesseis parentes irão lotar duas vans e um micro-ônibus para acompanhar a primeira disputa de Tite à frente da seleção no seu estado natal. Entre os familiares, Tite, cujo nome de batismo é Adenor Leonardo Bachi, é chamado de Ade, e o irmão Ademir, de Miro. Os dois jogavam futebol juntos quando eram crianças.

Além de escutar os jogos no rádio, a “melhor mãe do mundo” – homenagem que recebeu quando Tite foi campeão mundial com o Corinthians, em 2012 – tem outro ritual: ela reza pelo sucesso do filho usando um terço sempre da cor correspondente ao uniforme do time que Tite defende. Desde que ele foi anunciado técnico da seleção brasileira, o terço de Ivone é amarelo. O ritual começou em 2000, na final do campeonato gaúcho. Tite comandava o Caxias, time do interior, com orçamento limitado, em confronto com o Grêmio, que tinha estrelas como Ronaldinho Gaúcho. Tite saiu vitorioso.

Camisa canarinho

Além de ser o estado natal de Tite, o Rio Grande do Sul também foi berço da tradicional camisa canarinho. O premiado escritor gaúcho Aldyr Garcia Schlee foi quem teve a ideia, em 1953, aos 19 anos, vencendo o concurso do jornal Correio da Manhã. A ideia era abandonar o uniforme branco da seleção após a derrota para o Uruguai na final da Copa de 1950. Daí surgiu a camisa com as cores da bandeira – curiosamente, Schlee morava em Jaguarão, perto da fronteira com os algozes do ‘Maracanaço’.

História

A última vez que a seleção brasileira jogou em Porto Alegre em uma eliminatória da Copa foi em 2009, quando o Brasil venceu o Peru por três a zero, com gols de Luís Fabiano e Felipe Melo, no Beira-Rio. A seleção era comandada por Dunga. Em 2015, a capital gaúcha foi palco de um amistoso entre Brasil e Honduras, e a seleção venceu por um a zero.

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