Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Imagem Blog

Ricardo Rangel

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Continua após publicidade

Os vencedores

Ao repudiar o extremismo, a radicalização e a polarização, venceu o Brasil

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 nov 2020, 20h49 - Publicado em 30 nov 2020, 20h40

Aparentemente, o eleitor se cansou de tanta gritaria e confusão, e privilegiou a moderação, a experiência, a tradição. 

A centro-direita venceu: Democratas (459 prefeitos eleitos em 2020 contra 266 em 2016), PSD (650 contra 537), Progressistas (682 contra 495) e um punhado de outras legendas de direita, centro-direita e do centrão foram os partidos que mais cresceram. Com sua vitória, o Centrão tem um ganho especial e imediato: Bolsonaro passa a depender ainda mais do grupo, que vai cobrar seu apoio do jeito que todo mundo sabe: mais cargos e verbas. O PSOL foi o único partido da esquerda que cresceu: passou de 2 para 5 prefeitos, e ainda chegou ao segundo turno com chances de vencer em São Paulo.

Bruno Covas, do PSDB, que passou a ocupar a prefeitura quando João Doria se lançou a governador em 2016, se elegeu pelos próprios méritos — e com pouca ajuda do antecessor, que tem alta rejeição na capital. João Doria, apesar de não ter tanta responsabilidade na eleição de Covas, fatura politicamente com a eleição do afilhado, e pode contar com seu apoio para 2022. Um cenário com Doria candidato a presidente e Covas saindo para governador não surpreenderá ninguém.

Eduardo Paes, do DEM, obteve votação consagradora no Rio; se for bem sucedido na tarefa hercúlea de arrumar a casa, se qualificará para ser novamente candidato ao governo do Rio, ou até a presidente, dado que os candidatos óbvios de hoje (Doria, Moro, Huck) terão dificuldade para se viabilizar. Rodrigo Maia, ganha com a vitória do partido e do correligionário carioca, e, supondo-se que o Supremo o permita, fortalece suas chances de se reeleger presidente da Câmara. O presidente do DEM, ACM Neto, que elegeu seu sucessor em Salvador, se fortalece para ser governador da Bahia em 2022 — e pode até sonhar com a presidência.

Continua após a publicidade

Alexandre Kalil, do PSD, que se reelegeu com 63% dos votos ainda em primeiro turno, surge como um nome fortíssimo para governador de Minas Gerais em 2022.

Guilherme Boulos, do PSOL, “perdeu ganhando”: fez uma bela campanha, apresentou-se como alguém razoável, foi capaz de conversar com gente que não vota nele, atraiu os votos da esquerda que se recusou a votar no PT, chegou ao segundo turno, e sai da disputa muito maior do que entrou. Manuela D’Ávila, do PCdoB, seguindo exatamente a mesma cartilha de Boulos, chegou a exatamente o mesmo objetivo. A débâcle do PT significa uma espécie de carta de alforria não só para Boulos e a Manuela, mas para toda a esquerda não petista, que agora pode pensar pela própria cabeça e deixar de ser massa de manobra de Lula — se saberá usar a recém-adquirida independência, veremos em 2022.

Em que pese a (lamentável) vitória do centrão, no geral, o maior vencedor foi o Brasil. Ao repudiar a polarização e a radicalização, o país abre caminho para que os brasileiros se reconciliem e se unam para buscar soluções para os graves problemas que precisam ser enfrentados.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.