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Vale a pena ler de novo o que saiu nas páginas de VEJA em quase cinco décadas de história

Hebe Camargo a VEJA: “Eu sou brega mesmo”

Com sua irreverência inconfundível e a língua sem travas, a apresentadora consagrou na TV o formato das entrevistas informais

Por Lívia Martins Atualizado em 30 jul 2020, 21h42 - Publicado em 29 set 2016, 23h39
VEJA de 12 de agosto de 1987
VEJA de 12 de agosto de 1987

Exatos quatro anos atrás, a televisão brasileira perdia um dos seus ícones, Hebe Camargo. Com sua irreverência inconfundível e a língua sem travas, a apresentadora consagrou na TV o formato das entrevistas informais. Ela mesma, com a habitual franqueza, também concedeu entrevistas memoráveis.

Leia também: Eliana homenageia Hebe no aniversário de morte da apresentadora

Em 1987, nas páginas amarelas de VEJA, Hebe se dizia “brega mesmo”, defendia uma cruzada contra a aids e explicava seu desencanto com os políticos. Confira abaixo trechos da entrevista (e clique aqui para ler a íntegra):

Antes, eu acreditava que que política era coisa séria, que as pessoas se candidatavam porque queriam fazer alguma coisa em benefício da população. Agora vejo que essas pessoas, depois de eleitas, passam só a se autopromover.

A nudez na televisão já é um fato, e não há por que fugir do assunto.

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O brasileiro continua muito machão. As mulheres estão se liberando, se soltando, e os homens acompanham isto meio a contragosto.

Só muito raramente, por absoluta falta de tempo, repito um vestido.

Não é que eu seja vaidosa – é o público que gosta de me ver bem vestida, variando de roupa.

Minha perdição são os doces, que adoro. Às vezes, como doces até ficar com os olhos virados. Então passo uns dez dias sem tocar em doce.

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Fiz três cirurgias plásticas, e faço questão de não esconder. Agora, estou com vontade de dar outra garibada no rosto.

As paqueras acabaram.

A aids é uma questão seríssima. Devo ter sido a primeira a falar do assunto na televisão. Não sinto que a população esteja esclarecida. As campanhas são muito tímidas, ineficazes.

VEJA de 12 de outubro de 2005
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VEJA de 12 de outubro de 2005

Em 2005, Hebe voltou às páginas amarelas para falar de envelhecimento, aborto e seu papel como formadora de opinião – ela era apresentada como “a rainha do palpite”. Confira frases da apresentadora (e clique aqui para ler a íntegra).

Eu não sinto o peso do tempo, não me sinto uma mulher velha. Diria até que sou uma velhinha sem vergonha.

A televisão brasileira decaiu muito. A apelação para coisas vulgares, como as pegadinhas e os testes de fidelidade, me deixa triste.

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O que eu mais sei é fazer o auditório rir com minhas besteiras e ir para casa feliz. Mas eu conheço o poder da minha palavra. Sei que os espectadores me veem como uma figura bem-sucedida e pensam: se deu certo com ela pode dar comigo também, vou seguir suas opiniões.

Apoiei Maluf por convicção, pois acho que ele fez coisas boas. Quando subi nos palanques dele, não ganhei cachê, fiz por filosofia. Mas já faz tempo que me desliguei do Maluf. Depois que anunciei que não ia mais participar de campanha política, ele nunca mais me telefonou.

Não lembro em quem votei (para presidente, em 2002), é um mal do brasileiro. Acho que foi no (José) Serra.

O Silvio (Santos) é uma pessoa difícil. Embora pareça ter mente aberta, vale o que ele quer e não adianta discutir.

Sinto saudade do Lélio. Mas não sei se sinto falta do casamento. As pessoas costumam dizer que quem casa não pensa, pois quem pensa não casa. Eu concordo. O casamento é uma prisão. Tanto o homem quanto a mulher têm de dar satisfação de tudo. Acho que não casaria de novo.

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