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Reinaldo Azevedo

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Sub de Beltrame vai substituí-lo. Resolve? Depende!

Se a política de segurança pública for a mesma, tudo fica como está

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 21h36 - Publicado em 11 out 2016, 21h39

O Rio já sabe quem será o substituto de José Mariano Beltrame, que decidiu deixar a Secretaria de Segurança Pública depois que os traficantes deram início a uma guerra à luz do dia: combatem entre si e também atacam a polícia.

Quem ocupará a pasta será Antônio Roberto Cesário de Sá, que também é delegado da Polícia Federal, como Beltrame. Mas ele tem outra experiência que pode ser importante para o cargo: já foi policial militar. Entrou na carreira em 1983 e chegou a tenente-coronel. Foi instrutor do Bope (Batalhão de Operações Especiais).

Sá tem ainda formação intelectual. Cursou direito com doutorado em administração pública. É o segundo homem de Beltrame na secretaria e foi o responsável pela implementação das UPPs. Já percebi que ele certamente poderia dar uma boa aula de sociologia, e com o charme adicional de quem aprendeu a atirar. A maioria dos sociólogos só brincou com arma de plástico, que espirra água, quando criança.

O que significa a demissão de Beltrame e a ascensão de Sá? Muito provavelmente, está a indicar que nada vai mudar na pasta; que tudo segue como está. Estão usando só a tática do fusível queimado. Deu problema, veio a sobrecarga, o fusível — Beltrame — queimou, e é preciso substituí-lo.

Um secretário — na verdade, isto vale para todos os políticos —, não precisa nem ser muito competente para se manter no cargo (infelizmente!), mas as pessoas precisam entender o que ele diz e nele confiar. O problema de Beltrame é que ele estava começando a arranjar uma penca de desculpas para a situação de descontrole, e poucos ainda acreditam no seu diagnóstico.

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Os tempos
Houve um tempo no Brasil, também errado, em que se achava que a violência era puramente um problema policial. Não se imaginavam melhorias outras que pudessem concorrer para esse particular tipo de harmonia social.

Bem, sabemos que não é assim. É claro que as questões sociais contam. Mas a violência também não é um tratado de sociologia. O secretário vinha atribuindo o desastre de sua pasta ora à crise econômica, falta de oportunidades e políticas públicas, ora à falta de eficiência da Polícia Federal no combate ao tráfico de armas.

Como diria Einstein, só os loucos repetem os mesmos procedimentos esperando obter resultados diferentes. Se o hoje subsecretário, logo titular, mantiver a política de Beltrame, colherá os mesmos resultados.

E o Rio continuará a viver o bangue-bangue nosso de cada dia.

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