Ô Coêlho, assim não dá! Ou: Você é favorável a que se dê dinheiro dos hospitais para campanhas eleitorais?
Curioso o comportamento do sr. Marcus Vinicius Furtado Coêlho, presidente do Conselho Federal da OAB. Ele encomendou uma pesquisa ao Datafolha para saber se a população é favorável ou contrária à doação de empresas privadas a campanhas eleitorais. É claro que, em meio à Lava Jato, o resultado poderia ser um só: 76% se disseram […]
Curioso o comportamento do sr. Marcus Vinicius Furtado Coêlho, presidente do Conselho Federal da OAB. Ele encomendou uma pesquisa ao Datafolha para saber se a população é favorável ou contrária à doação de empresas privadas a campanhas eleitorais. É claro que, em meio à Lava Jato, o resultado poderia ser um só: 76% se disseram contrários, contra apenas 16% que se mostraram favoráveis.
Que coisa! Este senhor também é contra a maioridade penal aos 16 anos. Nesse caso, ele não dá bola para a pesquisa Datafolha, que indica que 87% são a favor. Para doutor Coêlho, pesquisa boa é aquela com cujo resultado ele concorda, não é mesmo? Alguém poderia acusar: “Ora, com você, é a mesma coisa, Reinaldo!”. Errado! Eu defendo a maioridade independentemente do que pensem os brasileiros. Intuo que a maioria aprove, por exemplo, a pena de morte, e eu sou contra.
Como observou meu amigo Guilherme Macalossi, radialista no Rio Grande do Sul (programa “Confronto”, na rádio Sonora FM), Coêlho deveria convidar o Datafolha a fazer a seguinte pesquisa:
“Você é favorável a que o dinheiro dos impostos deixe de ir para hospitais, creches e escolas e financie campanhas eleitorais?”
Creio que o “não” chegaria a 100%. Ora, essa é a essência do financiamento público de campanha, como querem Coêlho e os petistas.