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Reinaldo Azevedo

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Cai o diretor do BC que revelou o tamanho da “marolinha”

O Banco Central confirmou no início da noite desta segunda a demissão de Mário Torós, diretor de Política Monetária do Banco Central. Há duas coisas diferentes que se combinam aí: 1) tinha mesmo de ser demitido, pouco importa se queria sair mesmo sair, como se noticia; 2) ele não deixou de colaborar para revelar a […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 16h25 - Publicado em 16 nov 2009, 20h33

O Banco Central confirmou no início da noite desta segunda a demissão de Mário Torós, diretor de Política Monetária do Banco Central. Há duas coisas diferentes que se combinam aí: 1) tinha mesmo de ser demitido, pouco importa se queria sair mesmo sair, como se noticia; 2) ele não deixou de colaborar para revelar a verdade.

Ao primeiro aspecto: em entrevista ao Valor Econômico, publicado na sexta, 13, ele revelou que, no auge da crise, uma bolada de R$ 40 bilhões migrou dos pequenos para os grandes bancos. Também revelou que o governo ficou sabendo que o Banco Votorantim estava com problema — aquele que foi parcialmente comprado (ou, então, socorrido) pelo Banco do Brasil.

Esses dados eram considerados, e eram mesmo!, sigilosos. E é evidente que acho inaceitável que um diretor do BC saia falando por aí. Tem de ser demitido. Isso não anula o fato, no entanto, de que, na sua indiscrição, tenha dado o tamanho da “marolinha” vivida pelo Brasil.

“O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, encaminhará ao Presidente da República a recomendação da indicação do nome de Aldo Luiz Mendes, 51, para ocupar o cargo de diretor de Política Monetária”, informa comunicado do BC.

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