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Política

Prefeito alvo da PF “voa de Kadett” sobre praça da propina em Macapá

Agentes fizeram buscas na prefeitura e na secretaria de Obras para investigar esquema de corrupção que teria desviado até 20% de contrato de obra

Por Nicholas Shores SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 19 set 2024, 13h21 - Publicado em 19 set 2024, 12h30

Em vídeo de campanha, Dr. Furlan e sua esposa, Rayssa Furlan, sobrevoam Macapá em um Kadett — "Prefeitão": em vídeo de campanha, Dr. Furlan e sua esposa, Rayssa Furlan, sobrevoam Macapá em um Kadett (Campanha Dr. Furlan/Divulgação)

Um vídeo de campanha de Dr. Furlan, que busca a reeleição em Macapá pelo MDB, mostra o prefeito “voando de Kadett” sobre a praça Jacy Barata, pivô de um suposto esquema de corrupção investigado pela Polícia Federal (PF) que envolveria o pagamento de propina de até 20% sobre o valor de um contrato de urbanização.

Nesta quinta-feira, agentes fizeram buscas na prefeitura e na secretaria municipal de Obras da capital do Amapá e na residência de investigados, que podem responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, concussão e lavagem de dinheiro. As penas somam mais de 40 anos de prisão.

A PF suspeita que o esquema movimentou mais de 500.000 reais em desvios de repasses à construtora responsável pela obra.

No vídeo, com temática de jogos eletrônicos, Dr. Furlan aparece “dirigindo” um Chevrolet Kadett conversível ao lado de sua esposa, Rayssa Furlan. Enquanto o carro sobrevoa Macapá, o casal aponta feitos atribuídos à atual gestão em áreas como saúde, educação, urbanismo e lazer.

Assista:

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Entenda o caso

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira a operação Plattea, que faz parte de investigação sobre pagamento de propina de até 20% sobre o valor do contrato da obra na Praça Jacy Barata a funcionários da prefeitura de Macapá.

Em agosto, o empresário Claudiano Monteiro de Oliveira, dono da empresa C.M. de Oliveira, que estava à frente da revitalização da praça, afirmou ter pagado, entre o final de 2022 e o início de 2023, propina de 10.000 reais em espécie ao secretário municipal de Obras, Cássio Cleidsen Rabelo Cruz.

O contrato sob suspeita é fruto de um convênio de 10,3 milhões de reais entre o Ministério do Turismo e a prefeitura de Macapá, firmado em 2011, para a execução de serviços de urbanização, paisagismo e aterro hidráulico na praça, situada na orla de Macapá.