Pesquisa aponta os maiores acertos do governo Lula — e os maiores erros

Apesar de apontar uma desaprovação recorde de 53,6% do desempenho do presidente Lula, a pesquisa da AtlasIntel divulgada nesta terça-feira trouxe boas notícias para o governo.

O levantamento questionou se os entrevistados qualificavam decisões da gestão petista como acertos ou erros. Das 20 medidas apresentadas pelo instituto, 15 tiveram avaliação mais positiva do que negativa.

A mais popular delas foi a “gratuidade para todos os medicamentos e itens do Farmácia Popular”, considerada um acerto para 87% dos respondentes e um erro para apenas 8% — outros 5% não souberam responder.

Não por acaso, a novidade no programa do Ministério da Saúde foi um dos temas do pronunciamento que Lula fez em cadeia nacional no fim de fevereiro, assim como o Pé-de-meia, do Ministério da Educação, que não foi testado na pesquisa do instituto.

Outras medidas consideradas majoritariamente acertadas foram os programas Desenrola, de renegociação de dívidas da população, e Mais Acesso a Especialistas na Saúde, ambos com “aprovação” de 77%, a isenção do Imposto de Renda para pessoas com renda mensal abaixo de 5.000 reais (76%) e a liberação de saque do FGTS retido (71%).

Na parte de baixo da tabela, a iniciativa mais impopular foi o “imposto sobre compras de até 50 dólares (cerca de 300 reais) em sites do exterior”, que ficou conhecido como taxa das “blusinhas”, sancionado por Lula em junho do ano passado. A medida foi considerada um erro por 66% dos entrevistados e um acerto para apenas 26%.

Completam o rol das decisões mais erradas do que certas, na opinião dos respondentes, a retirada de empresas públicas, como os Correios, do programa de privatização (46% contra 45%), a adoção do arcabouço fiscal para o equilíbrio das contas públicas (43% contra 37%), a tentativa de fiscalização das transações via Pix somando mais de 5.000 reais no mês (59% contra 36%) e a cota de emprego para detentos em regime semiaberto/ex-detentos em licitações públicas (50% contra 27%).

A pesquisa ouviu 4.659 respondentes por meio de recrutamento digital aleatório e tem margem de erro de 1 ponto percentual para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. O período de coleta foi de 20 a 24 de março. O levantamento faz parte do relatório Latam Pulse, uma iniciativa conjunta entre AtlasIntel e Bloomberg.

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