Para Eurasia, agora a probabilidade maior é de que Dilma caia
Com os recentes desdobramentos da operação Lava-Jata, a consultoria de risco político Eurasia, bastante consultada pelo mercado financeiro, agora avalia que a chance maior é de que a presidente Dilma Rousseff não termine seu mandato. “A decisão do procuradores e da Polícia Federal de fazer buscas na casa de Lula não apenas sugere que as investigações […]
Com os recentes desdobramentos da operação Lava-Jata, a consultoria de risco político Eurasia, bastante consultada pelo mercado financeiro, agora avalia que a chance maior é de que a presidente Dilma Rousseff não termine seu mandato.
“A decisão do procuradores e da Polícia Federal de fazer buscas na casa de Lula não apenas sugere que as investigações encontraram evidências mais fortes para implicar o ex-presidente, mas, de forma mais ampla, o tamanho e o escopo das investigações devem se aprofundar nos próximos meses”, aponta relatório divulgado há pouco.
Antes, a Eurasia atribuía chance de 40% de que a presidente caísse.
A consultoria, no entanto, chama atenção para o fato de que impeachment em si pode não resolver a questão econômica. Os analistas ponderam que Michel Temer dificilmente terá cacife para implementar as medidas de ajustes fiscais, seja porque o PMDB também será implicado nas investigações, ou porque a polarização política com um PT radicalizado na oposição pode embaralhar o cenário.
A Eurasia aposta que, para dar um norte à economia, o melhor cenário seria a convocação de novas eleições pelo TSE. E, nesse caso, apesar de as chances terem aumentado, elas ainda estão abaixo de 50%.