“Ódio continua estimulando atos antidemocráticos”, diz Janja
Primeira-dama discursou em cerimônia de apresentação de obras restauradas após os ataques de 8 de janeiro de 2023

O Palácio do Planalto está realizando, na manhã desta quarta-feira, cerimônias em memória aos dois anos dos ataques golpistas do dia 8 de janeiro de 2023. Iniciado às 9h30, o primeiro dos atos programados reintegrou obras de arte que foram restauradas após serem depredadas no contexto dos ataques. Na ocasião, a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, discursou afirmando que o “ódio continua estimulando atos antidemocráticos”.
“O Palácio do Planalto, onde estamos hoje, foi vítima do ódio que estimula e continua estimulando atos antidemocráticos, que continua estimulando falas fascistas e autoritárias. Para isso, a nossa resposta é a união, a solidariedade e o amor”, disse.
Em alusão às obras restauradas, Janja destacou a importância do Palácio de Planalto como um “patrimônio coletivo”, que abriga trabalhos artísticos tão relevantes, segundo a primeira-dama, para a manutenção da memória do povo brasileiro.
“O Palácio do Planalto é um espaço que transcende governos, reafirmando sua essência como um patrimônio coletivo. Nele, encontramos obras e peças como O Flautista, de Bruno Giorgi; Galhos e Sombras, de Frans Krajcberg; o painel Orixás, de Djanira, que em passado recente foi remetido aos porões autoritários; o mobiliário de Sérgio Rodrigues; e o relógio-pêndulo do século 17, testemunha de nossa história e símbolo da continuidade entre passado e futuro”, ressaltou.
A cerimônia se divide em quatro partes. Três acontecem no Palácio do Planalto, e a última na Praça dos Três Poderes. Além de Lula e da primeira-dama, as cerimônias contam com integrantes do Ministério da Cultura (MinC), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e da embaixada da Suíça, além de movimentos sociais.